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terça-feira 30 abril 2024
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Padilha revela que governo ainda quer “negociar” votação nominal da denúncia

Ministro chefe da Casa Civil participou do programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba

Ministro chefe da Casa Civil participou do programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba | Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / CP

Ministro chefe da Casa Civil participou do programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba | Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / CP

Para tentar conter o avanç da denúncia por corrupção contra o presidente Temer, a articulação do Palácio do Planalto vai além das negociações com partidos e parlamentares. Uma das estratégias em curso, segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, visa alterar a forma de votação, de nominal, para registro no painel do plenário.

“Por enquanto a votação será nominal, mas o voto no painel é a regra normal e este será um dos pontos de negociação”, disse Padilha, em entrevista para o programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.

O rito da sessão plenária na qual vai ser analisado o parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, de autoria do deputado Paulo Abi-ackel (PSDB-MG), contrário ao avanço da denúncia, foi estabelecido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e comunicado aos parlamentares por meio de ofício distribuído na segunda-feira.

A intenção do governo, de alterar a forma de votação, não ocorre por acaso. Na nominal, a exposição dos deputados é maior, enquanto que o registro no painel, pode acabar favorecendo o governo e minimizando dissidências na base aliada.

Padilha também destacou que, apesar de estar marcada para o dia 2 de agosto, às 9h, análise dificilmente deve se concretizar nessa data em função da necessidade de quórum mínimo de 342 parlamentares em plenário para o início da votação.

“A oposição precisa garantir 342 votos para derrubar o relatório e viabilizar a denúncia. Como eles não têm este número, irão obstruir e não registrarão presença”, previu o ministro. Segundo Padilha, o desfecho do episódio em plenário depende de negociação entre aliados do governo e opositores.

Correio do Povo




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