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sexta-feira 22 novembro 2024
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Padilha acredita na possibilidade de Janot apresentar nova denúncia contra Temer

Ministro chefe da Casa Civil acrescentou que ação tem que ser fundamentada

Padilha acredita na possibilidade de Janot apresentar nova denúncia contra Temer | Foto: Wilson Dias / Agência Brasil / CP

Padilha acredita na possibilidade de Janot apresentar nova denúncia contra Temer | Foto: Wilson Dias / Agência Brasil / CP

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira, que “por óbvio, é possível” que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, antes de transmitir o cargo para Raquel Dodge. Seu mandato termina em 17 de setembro.

“O Ministério Público tem uma missão a cumprir e o que se espera é que ele cumpra bem a sua missão nos estritos limites da lei”, declarou Padilha. “As possibilidades serão as maiores do mundo em todos os aspectos, a nossa possibilidade de aprovação das nossas regras, também a possibilidade de surgir uma nova denúncia é possível, por óbvio que é possível”, afirmou Padilha, acrescentando que a ação, “naturalmente”, “tem que ser fundamentada”.

Diante da insistência da imprensa sobre a preocupação com a apresentação da nova denúncia, durante o período em que estiver viajando para a China, o ministro desconversou e foi evasivo, limitando-se a lembrar que “o presidente estará viajando para a China”. A previsão é de que Temer embarque nesta terça-feira, 29, para participar da reunião dos BRICs e só retorne ao Brasil, na semana que vem, no dia 6 de setembro.

A denúncia foi baseada na conversa gravada por Joesley Batista, da JBS, que teria tentado comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e de Lúcio Funaro, que era o operador do PMDB da Câmara na Petrobras e na Caixa Econômica Federal. Como agora Funaro assinou delação premiada, o assunto está sendo tratado com preocupação no governo, apesar de o presidente Temer dizer que não conhece Funaro e insistir que Janot está perseguindo-o.

Rodrigo Janot tem sinalizado que poderá apresentar sua segunda denúncia durante o período em que Temer estiver fora do País. A primeira denúncia foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no final de junho por corrupção passiva, com base na delação do Grupo J&F. Em seguida, a acusação foi remetida à Câmara dos Deputados pelo relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin. A Câmara precisa autorizar o prosseguimento da denúncia. No dia 2 de agosto, o plenário da Casa rejeitou a denúncia.

A expectativa é de que Janot apresente nova denúncia, desta vez com base na delação de Funaro, desta vez juntando os crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.

Correio do Povo




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