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sexta-feira 3 maio 2024
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“Pacote anticorrupção não vai passar no Senado”, avisa Paulo Paim

Senador Lasier Martins falou em constrangimento por Casa ser presidida por político crivado de processos

Pacote anticorrupção não vai passar no Senado, avisa Paulo Paim  | Foto: Edílson Rodrigues / Agência Senado / CP

Pacote anticorrupção não vai passar no Senado, avisa Paulo Paim | Foto: Edílson Rodrigues / Agência Senado / CP

Um dia depois do presidente do Senado Renan Calheiros ter virado réu no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador gaúcho Paulo Paim (PT-RS) afirmou em entrevista à Rádio Guaíba, nesta sexta-feira, que o pacote anticorrupção não será aprovado pela Casa.

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“O resultado da última votação, daquele projeto ‘monstrengo’ que a Câmara que criou, que deturpou o objetivo do combate à corrupção, não vai passar. Qualquer medida que prejudique o combate à corrupção e a operação Lava Jato não será aprovada”, avisou Paim.

O senador ainda recordou que Calheiros tentou colocar urgência na votação do pacote aprovado na Câmara dos Deputados, mas não teve votos suficientes. “Eu já dizia no plenário que ele (Renan) não faria 20 votos e não fez. Fez 14. Vamos votar matérias importantes e vamos manter a nossa posição entre os senadores e senadoras de não permitir que nenhuma medida possoa trazer prejuízo ao combate à corrupçao e à Lava Jato. Tudo tem que ser investigado, doa a quem doer”, enfatizou.

Sob comando de um réu 

Questionado sobre o fato do Senado ser comandado por um réu, suspeito de receber propina, Paim disse que não acredita que algo vá acontecer para barrar a presença de Renan Calheiros. “A decisão do STF tem impacto político, mas todos nós sabemos que o Congresso só irá trabalhar por mais 10 dias. Neste período nada vai acontecer. Achar que o Congresso vai fazer alguma coisa, é equivocado. Este é o Parlamento que todo mundo conhece, o pior de toda história do Brasil”, disparou.

Já o senador Lasier Martins (PDT-RS) ampliou o discurso de Paim e resumiu o ambiente que Renan deve encontrar nos próximos dias. “O que muda é o constrangimento. Muitos senadores sentem isso por serem presididos por um senador crivado de processos. Antes era investigado, agora é réu. Vários parlamentares têm tratado o presidente com repulsa. Ele pode continuar presidindo, mas acho que aparecerá menos”, concluiu.

Correio do Povo




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