Orçamento secreto é coisa do passado, avalia relator; recursos vão para comissões
Marcelo Castro vai incluir mudanças no relatório do Orçamento após decisão do STF
Para o próximo ano, o PLOA prevê aproximadamente R$ 19,4 bilhões para as emendas de relator, que compõem o chamado orçamento secreto. De acordo com Castro, a alocação desses recursos só pode ser feita para outras emendas que existem no Congresso Nacional.
Além das emendas de relator, existem as individuais (destinadas a cada um dos deputados e senadores), as de comissão (controladas por cada uma das comissões permanentes da Câmara e do Congresso) e as de bancada (reservadas para as bancadas de todos os estados e do Distrito Federal).
Castro optou por transferir os R$ 19,4 bilhões do orçamento secreto para as emendas de comissão por entender que, dessa forma, a divisão dos recursos vai ser feita de forma mais igualitária.
“Se nós formos priorizar as emendas de bancada, vai ficar muito desigual. Você vai atender uma bancada de um estado e não vai atender a bancada de outro estado. Então, fica difícil de fazer um equilíbrio. E como a emenda de comissão tem um caráter geral, nacional, você coloca aquele valor e, depois, pode distribuir equitativamente pelas unidades da Federação”, explicou o senador.
Segundo Castro, o Congresso não deve contestar a decisão do STF de extinguir o orçamento secreto. “Decisão do Supremo a gente não discute. Emenda de relator é uma coisa do passado. Nós não vamos mais tratar desse assunto. Não existe mais e nós vamos tocar a vida pra frente”, completou.
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