O que somos, afinal?
Acreditamos que somos importantes porque adqurimos bens e posses. Não houve dificuldades que nos pudessem fazer parar. Pois bem, meus parabéns, porque isso deve ter sido muito difícil. Mas foi quanto difícil? Foi difícil a ponto de fazê-lo esquecer do porquê de ter empreendido tantos esforços?
Quando foi que “ter” se tornou “ser” em sua vida? Qual foi a tamanha perda que o fez esquecer que não adianta apenas ter se você não for capaz de dividir e de multiplicar. Quando foi que a “soma” se tornou “subtração”? Deve ter sido um momento de grande privação material. Nesses casos, fazemos promessas de vitória financeira e nos amparamos na tal de “auto-ajuda”, que nos mostra um caminho irreal, posto que só nos faz acreditar que não devemos nos preocupar com os meios, pois os fins justificam tudo.
Criaram monstros cujos valores se deturparam. Não há mais pessoas que se importam com a fome e a necessidade do seu próximo. A hipocrisia nos faz crer que apenas uma palavra amiga resolve a vida dos outros. Daí as pessoas elegem um dia de suas vidas e vão visitar os desafortunados, levando a eles tudo menos pão, roupas ou educação. O que somos, afinal? Somos uma horda de insensíveis, que não paramos para entender a real necessidade dos demais, relegando a eles apenas o que não nos interessa: palavras.
Boa segunda.