O que se diz
Todos os dias nós ouvimos falar sobre alguém ter feito isso ou aquilo. Tendemos a imediatamente taxar o personagem da história como sendo o vilão. Mal sabemos do que se trata, mas tendemos sempre a concordar com quem nos conta. Mas onde começou isso? Hoje em dia, recebemos centenas de denúncias nas redes sociais; pedidos de toda sorte, para que pessoas não fiquem cegas, por exemplo, quando na verdade, pesquisando, descobrimos se tratar uma menina saudável do Irã.
O que nos custa meramente apurar na própria rede, antes de viralizarmos uma intriga? Já mataram pessoas por isso – inocentes. Já difamaram em nome da falsa moral, da inveja e do puro prazer mórbido de prejudicar. Pior do que a pessoa que inventa, só a pessoa que espalha. O fogo em si não incendeia nada; quem incendeia é o incendiário. A responsabilidade não está no que se diz, mas no que se inventa.
Vamos viver satisfeitos sem a curiosidade de ver a vida alheia devassada, a honra das pessoas ser manchada e a nossa própria ser questionada. A felicidade do outro deve ser complementar à nossa e isso só se dará quando ao invés de meramente apontarmos um dedo para alguém, entendermos que há três da mesma mão apontados para nós mesmos.
Viva a sua vida com felicidade e não espere para ser a felicidade na vida dos que te cercam.
Boa quinta.
Marcelo Etiene