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sexta-feira 22 novembro 2024
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O que são e como funcionam os corredores humanitários

Envolvidos no conflito acordam em cessar-fogo por tempo determinado

Corredores humanitários são criados em zonas de conflito para evacuar civis ou fornecer alimentos

Corredores humanitários são criados em zonas de conflito para evacuar civis ou fornecer alimentos 

Os corredores humanitários são criados em zonas de conflito para evacuar civis ou fornecer alimentos e ajuda médica para cidades sitiadas. Normalmente as duas partes do conflito acordam um cessar-fogo por tempo determinado, para garantir o deslocamento seguro.

Para o professor do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), Antônio Barbosa, os corredores humanitários são uma conquista civilizatória. “Em casos de guerra, em casos de conflagração, é aquele momento em que os não-combatentes, isto é, a população civil, podem sair com um mínimo de segurança para outros locais que não estejam sendo afetados pelos bombardeios” explica.

Os corredores são uma pausa temporária em uma zona desmilitarizada e podem ser necessários para suprir a população de alimentos básicos, água, eletricidade, remédios, ajuda humanitária, etc. O corredor pode servir também para a entrada de jornalistas ou pessoas vinculadas a organismos como as Nações Unidas ou a Cruz Vermelha Internacional.

No entanto, em alguns casos, os corredores podem ser usados de maneira ilegal, para escoamento de armamentos, munições e combustíveis para as zonas de guerra.

Nesta segunda-feira, durante a terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, os russos propuseram o estabelecimento de corredores humanitários para permitir que civis deixem cinco cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev, mas a maioria dos corredores seria para a Rússia ou para Belarus, algo que as autoridades ucranianas rejeitaram.

“Essa ideia de exigir que o corredor humanitário leve essas populações [ucranianas] exclusivamente para a Rússia ou para a sua aliada Belarus, é incompreensível e é inaceitável. A exigência que a Rússia está fazendo é própria de quem, na verdade, não quer dar um passo decisivo para o cessar-fogo ou para a paz”, concluiu Barbosa.

Correio do Povo




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