“Os gestores ganham uma responsabilidade adicional na crise. Eu costumo dizer que, quando estamos em um avião e começa uma turbulência, é normal que o passageiro se assuste, comece a gritar. Agora imagina se o piloto começasse a gritar. Se ele se desesperasse, saísse da cabine e começasse a pedir ajuda para os passageiros. Não. O piloto foi treinado para isso. O papel dele é estar no comando. Não pode na hora da crise se comportar como passageiro. O gestor, prefeito, governador, ministro têm um papel”, afirmou Pimenta.
O ministro proferiu a fala durante um anúncio do governo federal no encerramento do Congresso da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), diante de vários prefeitos. Quando questionado diretamente pelo Correio do Povo sobre as críticas de Leite e Melo, Pimenta amenizou: “Não vamos responder críticas de prefeito, governador, nem de ninguém, para não transformar a reconstrução do Rio Grande do Sul em disputa política, ainda mais em ano eleitoral. Dizem que o dinheiro não está chegando? Vai lá no site dar uma olhadinha”, respondeu o ministro.
Leite tem feito diversas críticas à União em relação aos repasses ao Estado. Inclusive viajou à Brasília junto à Marcha dos Prefeitos Gaúcha, realizada pela Famurs, para pressionar o governo federal.
Já Melo publicou críticas em suas redes sociais nesta quarta-feira (17): “Não vou esperar pelo governo federal. Estou tomando decisões e trabalhando na recuperação da cidade. O tempo da União é um e o tempo de Porto Alegre é outro”, escreveu o prefeito da Capital.
Correio do Povo