O péssimo hábito
Temos um hábito antigo e recorrente.
Todos nós temos.
Fazemos isso todos os dias.
Fingimos que concordamos com alguém; dizemos sempre “sim” sem entender sequer do que a pessoa está falando.
É que muitas vezes a nossa atitude se torna recorrente e padronizada para aquilo que nos deixa desconfortáveis.
Porém, quando aquilo chega a nos incomodar, despejamos todo o nosso descontentamento na resposta que damos.
E por mais verdadeira que seja, ela é despejada com o veneno da franqueza.
A franqueza é sim um veneno, um fruto podre da verdade.
Até o nosso tom muda quando dizemos as coisas com a tam de “franqueza”.
Acusamos duramente as pessoas de cometerem erros, sem dar-lhes o direito de se justificarem ou se retratarem.
Esse despejo de “verdade” machuca as pessoas, mas também existe veneno dentro da garrafa que o guardou – no caso, você.
O péssimo hábito de reclamar acaba gerando em você uma falsa insensibilidade.
O que parece ser aversão ou atitude alheia, na verdade é um acúmulo de negatividade que você cultiva e despeja como um raio que cai sem nenhum controle ou alguém que atira numa multidão.
Respire. Respire fundo.
Enquanto o ar entra, pense no quanto a natureza lhe é generosa e mesmo quando você nunca tenha plantado uma árvore, mesmo assim não lhe falta o ar.
Então que não lhe falte o discernimento, para que ao invés de deixar crescer o veneno da franqueza, você possa cultivar a virtude da verdade que é a sinceridade. O antídoto de todos os males é depurar o veneno em nós e nunca nos outros.
Boa terça feira
Marcelo Etiene