Novo júri de réus do caso Kiss começa em 26 de fevereiro
Julgamento havia sido marcado para dia 20 de novembro, mas data precisou ser alterada
Em dezembro de 2021, o caso resultou no julgamento mais longo da história do Judiciário gaúcho, com duração de dez dias, envolvendo mais de 20 setores do Tribunal e cerca de 200 servidores.Serão julgados os réus Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão. No primeiro júri, todos foram condenados, mas a sentença acabou anulada em agosto de 2022.Em 5 de setembro deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve o entendimento da Corte estadual. O placar final ficou em 4 votos a 1 para manter o julgamento anulado.A maioria dos ministros reconheceu nulidades, como a formação do Conselho de Sentença, resultante de três sorteios diferentes, além de uma suposta conversa do juiz com os jurados em uma sala reservada, sem a presença das defesas e do Ministério Público.
Primeiro júri popular
Na sessão do júri anulada, foram condenados os ex-sócios da boate Elissandro Callegaro Spohr (22 anos e seis meses de prisão) e Mauro Londero Hoffmann (19 anos e seis meses), além do vocalista da banda Gurizada Fandangueira Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor musical Luciano Bonilha. Ambos foram apenados com 18 anos de prisão. Com o júri anulado pelo TJ, todos foram soltos do sistema prisional, em agosto do ano passado.
O incêndio na boate Kiss matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridas, tornando-se uma das maiores tragédias da história do país.
Em 27 de janeiro de 2013, a Gurizada Fandangueira fazia show no local, em uma madrugada na qual a boate operou superlotada. Um dos integrantes da banda disparou um artefato pirotécnico, que atingiu parte do revestimento acústico. Parte das vítimas morreu ao inalar a fumaça gerada a partir da queima da espuma.