Empresário arrematou apartamento atribuído a Lula por R$ 2,2 milhões
Triplex no Guarujá foi arrematado por R$ 2,2 milhões | Foto: Márcio Oliveira / Estadão Conteúdo / CP
Dono do lance de R$ 2,2 milhões que arrematou o triplex no Guarujá, o empresário Fernando Gontijo também tem pendências com a Justiça. Ele foi condenado em primeira instância pela Justiça Federal por improbidade no âmbito da Operação Confraria, deflagrada na Paraíba em 2005 contra fraudes em licitações na prefeitura de João Pessoa.
Além de Gontijo, outros oito sentenciados – entre eles, Cícero de Lucena Filho (PSDB), ex-governador do Estado e ex-prefeito de João Pessoa, que chegou a ser preso na ação da Polícia Federal – devem pagar multa de R$ 852 mil. O valor é referente ao superfaturamento de obras públicas de infraestrutura bancadas com dinheiro de convênios entre a União e a prefeitura. Na ação, Gontijo é apontado como representante da Via Engenharia em uma licitação que teria sido fraudada. Ele recorre da decisão no Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, Gontijo afirmou que, em 2001, enquanto executivo da Via, assinou “um contrato na qualidade de procurador da empresa”. “O contrato estava parado, inativo, mas, infelizmente, a juíza liberou o procurador de outra empresa, houve uma confusão do meu nome com o de um acionista da empresa e acabou me condenando”, explicou ele. “Isso não faz o menor sentido, num contrato de 20 anos atrás. Infelizmente, a nossa Justiça é lenta, né?”, afirmou o empresário, que disse ter visto processo sobre os mesmos fatos ser arquivado na área criminal.
Correio do Povo