Novo chefe de Polícia do RS destaca combate à lavagem de dinheiro no enfrentamento a facções
Delegado Fernando Sodré declarou que também pretende expandir as delegacias de repressão ao crime organizado em cidades do Interior
Anunciado como novo chefe da Polícia Civil gaúcha, o delegado Fernando Sodré declarou, na tarde desta quarta-feira, que vai potencializar o combate à lavagem de dinheiro e expandir o número de delegacias especializadas a fim de enfraquecer o poder de atuação das facções no Rio Grande do Sul.
A declaração à imprensa ocorreu na sede recém-inaugurada da Secretaria de Segurança Pública, em Porto Alegre, após o governador Eduardo Leite ter oficializado os nomes que vão comandar os órgãos do primeiro escalão da Segurança Pública.
“Vamos implementar estratégias como o aumento das delegacias de repressão ao crime organizado, no interior do Estado, e trabalhar no fortalecimento de instituições como o Deic, Denarc e DHPP, que são áreas efetivamente vinculadas à questão do crime organizado pois envolvem armas, drogas – que são a base de financiamento [das facções] – e homicídios, na questão da guerra entre as facções.
Além disso, vamos implementar e estimular estruturas [de combate] à lavagem de dinheiro, que é o ponto de descapitalização das organizações criminosas”, declarou o policial.
Sodré enfatizou, contudo, que o tráfico é um problema permanente por conta da constante cooptação de pessoas pelas facções. Referindo-se ao domínio que o crime organizado exerce dentro do sistema prisional, ele limitou-se a declarar a questão está sendo trabalhada, “a nível de Secretaria, com as forças junto à administração penitenciária”, para que se possa ter o domínio dos faccionados ‘quando estão encarcerados’.
Na visão do secretário de Segurança, Sandro Caron, a expansão do crime organizado ultrapassa as fronteiras regionais, sendo necessárias práticas de combate em conjunto com agentes de segurança em nível nacional. Ele adiantou que, nesta quinta, vai se reunir com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para tratar do tema.
“Outra coisa é a busca por maior interação com órgãos federais e outros estados. Hoje é muito comum um grupo criminoso atuar em outros [estados] e até fora do país”, ressaltou, ao defender que se faça um trabalhar integrado.
Radio Guaiba