Antônio Palocci e Guido Mantega teriam recebido propina da Odebrecht
A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal está nas ruas na manhã desta quarta-feira para a 63ª. fase da Operação Lava Jato, denominada Carbonara Chimica. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia. Os crimes apurados são corrupção ativa e passiva, além de lavagem de capitais.
A ofensiva visa esclarecer a suspeita de pagamentos periódicos indevidos, por parte da Odebrecht, aos ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega. Os valores eram contabilizados em uma planilha denominada “Programa Especial Italiano”, no qual o codinome “Italiano” se referia a Palocci e “Pós-Itália” a Mantega.
O pagamento da propinas tinha como objetivo, entre outras coisas, a aprovação de Medidas Provisórias que instituiriam um novo refinanciamento de dívidas fiscais e permitiriam a utilização de prejuízos fiscais das empresas como forma de pagamento. Há indicativos de que parte dos valores indevidos teria sido entregue a um casal de publicitários como forma de dissimulação da origem do dinheiro.
Foi determinada ordem judicial de bloqueio de ativos financeiros dos investigados no valor de R$ 555 milhões. Até o momento, uma pessoa foi presa.