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segunda-feira 20 maio 2024
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“Não há nenhum diálogo comprometedor para mim”, diz Jucá

Ministro do Planejamento concedeu entrevista para esclarecer sobre vazamento da sua conversa com Sério Machado
Não há nenhum diálogo comprometedor para mim, diz Jucá | Foto: Evaristo Sa / AFP / CP
Foto: Evaristo Sa / AFP / CP


Após a divulgação de uma conversa com Sérgio Machado, o Ministro do Planejamento, Romero Jucá, negou que queria obstruir a Operação Lava Jato e disse que apoia a investigação na política brasileira. “Sempre defendi a Operação Lava Jato. Qualquer político ou empresa envolvidos devem ser investigados e punidos”, respondeu o ministro em entrevista coletiva nesta segunda. “A política terá uma outra história depois da Operação Lava Jato”, complementou. 

Jucá explicou que o jornal Folha de São Paulo descontextualizou o tema da conversa que mantinha com Sérgio Machado, e que ele queria era estancar a sangria da economia e o desemprego no Brasil. “Não há nenhum diálogo comprometedor para mim. O que venho dito ao longo dos anos, que é muito importante estancar a sangria da economia e o desemprego no país. Eu espero que a Folha publique o texto todo, pois o que está ali não me compromete”, declarou.  “A análise que fiz e comentários que fiz com o senador Sérgio Machado são de domínio público. Disse o que tenho dito permanentemente a jornalistas, em entrevistas e debates”, reafirmou.
O ministro reafirmou o seu apoio à Operação Lava Jato. “Tenho cobrado que a Operação Lava Jato faça a sua parte com rapidez e espero que o Ministério Público se pronuncie o quanto antes sobre as investigações. Há uma nuvem negra sobre a classe política há oito anos. O politico que tiver culpa, deve sair da política.” 
Durante a entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o ministro ainda ressaltou as suas críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff e que o andamento da Operação Lava Jato estava paralisado. “Apoiei a sua retirada e a mudança de governo. Entendi que o governo do PT e da presidente Dilma estava paralisado devido a Lava Jato. Seria impossível de continuar governando deste jeito”, criticou. Jucá ainda respondeu que não tem nada a temer caso seja alvo de alguma investigação. “Não devo nada a ninguém. Se tivesse telhado de vidro, não teria assumido a presidência do PMDB. Se tivesse medo de briga, não teria entrado no processo do impeachment”, afirmou. 
Jucá defendeu o atual governo do Michel Temer e que caberá ao presidente decidir o seu futuro. “O meu compromisso é com  Ministério do Planejamento, o cargo que me foi dado foi uma decisão do presidente Temer e tenho a sua confiança”, disse. “Há muita coisa para fazer e irei fazê-lo até quando ele decidir que tenho condições de fazer”, finalizou
Correio do Povo



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