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sábado 23 novembro 2024
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“Não aceitamos alegação de fraude”, declara Aras sobre urna eletrônica

Sem citar Bolsonaro, procurador-geral da República publicou um vídeo com esclarecimentos sobre o processo eleitoral

Foto: Pedro França / Agência Senado

O procurador-geral da República, Augusto Aras, postou um vídeo, nesta quinta-feira, com esclarecimentos sobre o processo eleitoral brasileiro e a segurança da urna eletrônica.

Aras não cita diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a publicação coincide com o momento em que ele é pressionado por procuradores que pedem a abertura de investigação contra o chefe do Executivo por ataques ao sistema eleitoral brasileiro.

O vídeo compila cinco minutos de uma entrevista que o chefe do Ministério Público Federal concedeu à imprensa estrangeira em 11 de julho.

“Diante dos últimos acontecimentos no país, o procurador-geral da República, Augusto Aras, recorda a necessidade de distanciamento, independência e harmonia entre os poderes, e que as instituições existem para intermediar e conciliar os sagrados interesses do povo”, cita o texto do vídeo, antes da fala do procurador-geral.

Em seguida, Aras comenta que não vai ser aceita a “alegação de fraude” nas eleições. “Temos visto o sucesso da urna eletrônica nos últimos anos”, garante.

Aras também falou sobre atos de violência política e discurso de ódio.

“A polarização no Brasil não é diferente de outros países, nós aqui temos não só buscado medidas judiciais que punam culpados, mas também promovido programas de pacificação social e de respeito aos contrários.

Compreendemos que a democracia é o governo dos contrários, que a democracia passa por uma tensão permanente, mas uma democracia se revela mais forte quando ela consegue resistir a essa pressão contínua, e nós temos as nossas instituições funcionando”, disse.

Na segunda-feira, Bolsonaro reuniu embaixadores e representantes de missões diplomáticas no Palácio da Alvorada e levantou novamente suspeitas sobre a segurança das urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e atacou ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na terça-feira, nove deputados federais de oposição protocolaram uma representação no STF contra o presidente.

No documento, os parlamentares dizem que os ataques feitos constantemente devem ser tratados como “crime contra as instituições democráticas, crime de responsabilidade e crime eleitoral, bem como propaganda eleitoral antecipada e ato de improbidade administrativa”.

A relatoria do caso ficou com a ministra Rosa Weber.

 

FONTE R7



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