Ação sobre suposta verba de propina da Odebrecht foi enviada à Justiça Eleitoral pelo STJ
Ação sobre suposta verba de propina da Odebrecht foi enviada à Justiça Eleitoral pelo STJ | Foto: José Cruz / ABr / CP
Se os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo tiverem informações que possam levar adiante investigação sobre atos de corrupção ou outro crime praticados pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), “nada os impede de iniciar uma apuração criminal sobre os fatos”. A declaração é da Secretaria de Comunicação da Procuradoria-Geral da República, por meio de nota na noite desta quinta-feira.
“Os procuradores também podem solicitar o compartilhamento de informações junto à Justiça Eleitoral, para onde o inquérito foi encaminhado por decisão do Superior Tribunal de Justiça”, assinala o comunicado. O posicionamento foi dado após a ministra Nancy Andrighi, do STJ, enviar nesta quarta-feira, à Justiça Eleitoral de São Paulo, a investigação sobre o ex-governador, citado por delatores da Odebrecht.
O tucano é delatado pelo suposto envolvimento de seu cunhado, Adhemar Ribeiro, para pegar R$ 10,7 milhões do setor de propinas da empreiteira. De acordo com o STJ, as informações disponibilizadas ao ofício do vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, em relação ao inquérito ‘referem-se especificamente à alegação de recebimento de dinheiro para campanhas’.
Em novembro de 2017, Mariz Maia requereu ao STJ a abertura do inquérito contra Alckmin. A investigação foi solicitada com base em informações prestadas em colaborações premiadas tornadas públicas em abril do ano passado. As investigações correm sob sigilo. As referências a Alckmin eram no sentido de que o político teria recebido contribuição para campanhas eleitorais de 2010 e 2014, e que os recursos não teriam sido declarados à Justiça Eleitoral.
Correio do Povo