
A Operação Conexion teve início a partir de denúncias da existência de um cartel formado por pelo menos 25 empresas do ramo de coleta de resíduos sólidos, que fraudava processos licitatórios dividindo o mercado de atuação de cada empresa. Para tanto, foi formada a Associação Gaúcha das Empresas de Limpeza Urbana (Agelurb), sediada em Novo Hamburgo.
Durante a coletiva, Ricardo Herbstrith, que coordenou a operação, explicou que o cartel organizava a divisão do mercado em reuniões da Agelurb e determinava quais empresas integrantes do esquema seriam vencedoras da próxima licitação ou alvo de contratação emergencial por parte de alguma cidade. Ele informou que a próxima etapa das investigações irá analisar a participação de servidores públicos na fraude. “Os agentes públicos participam desse tipo de esquema quando fecham os olhos para o superfaturamento, dificultam a entrada de empresas que não fazem parte do cartel ou apertam a fiscalização contra elas”, disse. Conforme as investigações, em uma das contratações emergenciais, o superfaturamento chegou a 100%.
Ricardo Herbstrith reforçou que os serviços prestados a partir dos contratos investigados devem seguir sendo prestados. O Procurador-Geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino, informou que a Instituição será destinatária de cópias das documentações apreendidas para análise.
Inicialmente, as investigações apontam para a participação de 25 empresas associadas. Entre elas, estão a Mecanicapina e WK Borges de Porto Alegre – prestadoras de serviços em Porto Alegre, Canoas e Novo Hamburgo, onde possui um contrato emergencial para o recolhimento do lixo da cidade no valor de R$ 2.131.483,55; Onze Construtora e Urbanizadora; Brisa Transportes e Trans Ambiental, ambas de Tramandaí; Geral Transportes, de Canela; Biomina e Camaro, de Taquara; Komac Rental, de Torres; Eco Limp, de Santo Antonio da Patrulha; Biasoto & Cia, de Carlos Barbosa; e Recicagem Adeva, de Paraí, entre outras.
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