Moraes nega recurso e mantém prisão de Anderson Torres
Ministro seguiu entendimento da Procuradoria-Geral da República
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, manteve a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres, preso após os atos extremistas de 8 de janeiro. Torres nega participação em qualquer irregularidade.

O ministro seguiu entendimento da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o órgão, não houve nenhuma modificação da situação desde a decisão determinando a prisão preventiva.
“A Procuradoria-Geral trouxe aos autos detalhado histórico das omissões do investigado, cuja extensão ainda está sendo verificada nesta investigação”, disse. Segundo Moraes, os fatos narrados sugerem a existência de uma possível organização criminosa.
“A prisão preventiva de Anderson Torres, portanto, se trata de medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal”, disse o ministro. Moraes citou ainda que o relatório feiro pelo interventor Ricardo Capelli indicou que “houve uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro.
No pedido de revogação da prisão, a defesa de Torres defendeu que o ex-ministro não praticou qualquer crime.

“O desenvolvimento das investigações demonstrou, de forma clara, a total ausência de evidências mínimas que permitam associar o requerente [Anderson Torres] aos fatos criminosos em questão, de modo a inexistir, hoje, qualquer circunstância fática que autorize a permanência da constrição cautelar de sua liberdade”, sustentou a defesa.
























