Corporação identificou espaço para incitar ataques ao Supremo em meio a ação contra Ivan Rejane, preso em julho deste ano
O magistrado atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com as diligências, no aplicativo de mensagens, foram realizadas diversas ameaças em um grupo chamado “caçadores de ratos do STF”.
A descoberta da existência do grupo se deu durante as investigações contra Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, que em vídeos compartilhados nas redes sociais ameaçou “caçar” os magistrados da Corte.
A PGR apontou que a Polícia Federal apresentou relatório final sobre o caso, citou a existência do grupo com 159 membros, mas não identificou os integrantes.
“A autoridade policial indiciou o investigado pelo cometimento do crime de associação criminosa, mas não identificou quais seriam os seus integrantes, além do indiciado.
Nesse contexto, a Polícia Federal, por meio de exame técnico, constatou a existência de um grupo de Telegram, denominado ‘Caçadores de ratos do STF’, que encontra-se ativo e com 159 (cento e cinquenta e nove) membros.
Porém, não procedeu à identificação de seus membros e não esclareceu se foi possível extrair o conteúdo das mensagens de tal grupo”, informou a Procuradoria.
O magistrado destacou que Ivan Rejane está preso, preventivamente, desde julho deste ano, e autorizou as novas diligências.
“Diante do exposto, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e determino que sejam os autos encaminhados ao Delegado de Polícia Federal Fábio Alvarez Shor para que, no prazo de 15 (quinze) dias, realize a análise do teor de mensagens trocadas e identifique todos os integrantes do grupo no Telegram “Caçadores de ratos do STF”.