Alexandre Moraes informou que recebeu pagamentos “lícitos” e que não pode explicar serviços por “cláusula de confidencialidade”
Alexandre Moraes informou que recebeu pagamentos “lícitos” e que não pode explicar serviços por “cláusula de confiencialidade” | Foto: Elza Fiuza / Agência Brasil / CP
O escritório da advocacia do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, teria recebido R$ 4 milhões de uma das empresas investigadas pela operação Acrônimo, da Polícia Federal. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, os pagamentos da JHSF Participações foram feitos entre 2010 e 2014.
As evidências, conforme a matéria da Folha, foram encontradas sobre a mesa de um dos executivos da JHSF, em 16 de agosto. Na planilha, estaria impresso o nome “Alexandre Moraes”, além de valores e as siglas, PT e PSDB. Nos campos associados a Moraes, foi escrita a palavra Parkbem, empresa de estacionamentos da JHSF.
O proprietário da companhia, José Auriemo Neto, segundo a Folha, confirmou que a referência era ao ministro da Justiça. O STF foi informado da necessidade de abertura de inquérito, mas o ministro Luiz Fux decidiu arquivar “liminarmente” o pedido monocraticamente, segundo a reportagem.
Moraes respondeu, em nota oficial, que não pode explicar os serviços prestados à JHSF por “cláusula de confidencialidade”. “Durante esse período, houve vários contratos de prestação de serviços advocatícios com o pagamento de honorários e emissão das respectivas notas fiscais, devidamente registrados pelo escritório e pela empresa”, disse. Segundo a assessoria do ministro, nesse período ele não exercia cargo público.
Correio do Povo