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domingo 5 maio 2024
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Memorias de Sarandi – Temporais – Humberto Tesser Paris

MEMÓRIAS DE SARANDI 69
Época: Década de 1960
Humberto Tesser Paris
TEMPORAIS
Lembro-me de 2 grandes temporais ocorridos na minha infância.
O primeiro, em outubro de 1964, às 13h10min, segundo meu primo Antonio Carlos Páris.
Eu estava assistindo às aulas do 3º ano no Grupo Escolar João Carlos Machado.
As professoras, quando perceberam o tempo se armando, liberaram todos nos alunos mais cedo, para que chegassem em casa com segurança.
Já na segurança, veio aquela ventania, acompanhada de forte granizo e chuva que causou uma grande destruição.
Casas que estavam no caminho do tufão foram destelhadas parcialmente ou totalmente.
A nossa casa graças a Deus sofreu apenas um pequeno destelhamento em um dos cantos.
Após o temporal ter passado, subi no telhado para verificar e consertar os danos causado, quando ouvi um grande estrondo.
Olhei para o lado do Colégio Santa Gema e vi que um muro havia recém caído inexplicavelmente, uma vez que não havia mais vento.
Presumi que o muro tinha ficado avariado e que alguém o derrubou propositalmente para que não caísse em cima de algum aluno.
Ouvi falar que parte do telhado da casa do meu tio Bernardo Tesser havia levantado inteira e fui lá para ver.
Fica perto do Grupo e aparece em uma das fotos.
Não muito tempo depois, o segundo temporal começou silencioso e foi escurecendo, parecendo ter anoitecido.
Era próximo ao meio-dia e as luzes das ruas ascenderam.
Nesse dia eu estava em casa e vi os alunos do colégio Santa Gema Galgani apavorados e andando apressadamente e até correndo, uma vez que haviam sido liberados mais cedo para chegarem no abrigo de seus lares. Nesse dia comentei com minha mãe que o tempo estava feio, mas não havia barulho de vento.
Mas minha mãe revelou que tinha mais medo do temporal quando vinha silencioso.
Infelizmente não perguntei o por quê e até hoje me intriga por esta pergunta ter ficado sem resposta.
1 – Foto tirada a partir da prefeitura, aparecendo a casa do tio Bernardo Tesser, a casa da dona Nena Picinini Muller e o GE João Carlos Machado.
2 – Foto tirada da lateral esquerda da igreja.



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