MEMÓRIAS DE SARANDI 27
Época: Década de 1950
Humberto Tesser Paris
TARZÃ
Olhando as fotos da minha irmã Mercedes Paris Oltramari, achei esta relíquia em que ela aparece junto com a prima Anita Paris Papini e o Tarzã. A foto foi tirada nos fundos de nossa casa na rua Paulo Dall’Ogio 173.
O Tarzã era o cão perdigueiro que acompanhava meu pai Dante Paris nas caçadas. Ele habitou minha memória, que eu não sabia se era o imaginário ou realidade. Tenho vaga lembrança de vê-lo brigando com o Lobo, que era um cachorro policial que pertencia aos Perone, o qual tenho mais lembranças.
Meu irmão Arthemio costumava levar o Tarzã nas suas próprias caçadas com a piazada e o pai não gostava, porque depois ele não se comportava bem. Ao invés de ajudar, acabava espantando as perdizes nas caçadas.
O Arthemio conta também que o Tarzã era tão forte que o meu irmão Antonio andava na sua garupa.
Lamentavelmente um dia o Tarzã apareceu morto por envenenamento. Houve comentários que ele teria atacado as galinhas de alguém.