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quinta-feira 21 novembro 2024
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Memorias de Sarandi 10 – Humberto Tesser Paris

MEMÓRIAS DE SARANDI 10
Época: Década de 1960
Humberto Tesser Paris

A imagem pode conter: casa, céu e atividades ao ar livre

GRUPO ESCOLAR
O terreno para a construção do Grupo Escolar Dr. João Carlos Machado foi doado pelo meu avô João Tesser, segundo me contou a prima Mayra Salete Tesser.

No início foi feita um a construção de madeira e depois de alvenaria.

Esta de alvenaria sofreu uma reforma retirando-se a parte mais elevada que havia na entrada principal. Atualmente está com um telhado de brasilit em substituição às telhas de barro.
Minha tia Adelaide Paris (Pezarico) trabalhou no grupo e algumas vezes convidou algumas de minhas irmãs para ajudar.
Na minha época, a Dona Chica, mãe do Carlos Rogerio Machado era a diretora e a Dona Nena Piccinini Muller a vice.
Das professoras, a única que me lembro com certeza foi a Marilene Silveira, filha do Procópio.

Uma vez ela convidou alguns alunos para visitarem sua casa que ficava na avenida 7 de Setembro.

O que me chamou bastante atenção é que havia um piano e eu estava louco pra vê-la tocar, mas não rolou. Tenho lembrança de uma professora casada com um Albuquerque.
Alguns colegas foram o Joice Scariot, Nutcho (Luis Vanzeto), Ulisses Toazza, Lisca (Luis Carlos Zancanela), Cristina Piccini, Pedro Schmit, Mario Klein, Solange Poloni, Jorge Zini, Garnizé, Clotilde que sofria booling por causa do nome, entre outros.

Sempre gostei de aprender coisas novas, por isso assistia as aulas com bastante interesse. Mas os intervalos eram especialmente esperados por causa das brincadeiras haviam no pátio: futebol, bolita, etc.
Eu era um cara da paz, mas havia um guri que me tirava do sério todos os dias. Ele queria brigar e havia uma turma que ficava incitando. Um dia resolvi por um basta e quando ele e uma turma estavam provocando, eu disse: “venham todo mundo”. Daí a aquela massa de crianças veio gritando em bloco pra cima de mim. Abri os braços e fechei os punhos
e “pá”, acertei exatamente no guri brigão, que caiu, e a turma se acalmou.

Resultado: fui parar na secretaria. Não lembro de ninguém me repreendendo pelo que fiz, mas o problema foi resolvido.
Um dia teve campanha de vacinação no Grupo.

Eu estava calçando botas e o agente de saúde falou: “este é gaúcho e gaúcho é corajoso”. Não pude decepcioná-lo e tive que aguentar a picada sem fazer careta.

Nos intervalos era servido leite, que vinha em pó ou formando torrões que eram dissolvidos. Não lembro se havia lanche também.

Cada aluno devia trazer de casa uma xícara ou caneca para beber o leite.

Diziam que o leite em pó vinha dos EUA.

Certo dia o Gui Zanonato quis gazear aula e resolveu sair por uma janela dos fundos que era mais alta. Primeiro jogou a pasta pela janela que caiu encima de um telhado mais baixo.

Ouviu-se um barulho de vidro quebrando dentro da pasta e chamou a atenção de todo mundo, denunciando sua intenção.

Era a caneca que havia quebrado.
Após um fim de semana, o Lisca veio com uma novidade.

Ele contou que tinha um punhal que jogava na parede para cravar e imitou o barulho, que supostamente o punhal fazia: “zan-can”.

Ele sofreu booling por muito tempo por causa disso.
Em frente ao grupo havia o bar do Pasqualoto e do lado o boteco do “mudo”.

Estes 2 lugares eram procurados principalmente para se comprar balas e chicletes.

Ambas as casas ainda existem, com algumas modificações.

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atual prédio do bar do sr Pasqualotto

de madeira ao lado do grupo, o antigo Bar do sr Adolfo

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Bar do Sr Adolfo




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