Métodos de construção da nota tem como recomendação esse tipo de perguntas para gerar cálculo Foto: Fábio Rodrigues Pozzebon / ABr / Divulgação CP
O Ministério da Educação (MEC) deu explicações técnicas à Justiça para tentar comprovar que a falha em cerca de 6 mil gabaritos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não teve “influência significativa” na nota de todos os candidatos. A nota técnica enviada pelo MEC deixa claro que foram usadas questões no Enem que não haviam sido pré-testadas, algo que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela prova, não tinha explicado até então e que pode prejudicar a margem de erro do exame. O órgão também não divulgou os parâmetros de correção de cada questão, como solicitado pela Defensoria Pública da União (DPU), alegando se tratar de informação sigilosa.
Com a explicação do MEC, a Defensoria pediu a suspensão da liminar que barrava a continuidade do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). No entanto, pediu em nova liminar que o MEC publique em seus sites oficiais, em até 24 horas, nota de esclarecimento com as justificativas apresentadas judicialmente, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Também pediu que o MEC responda individualmente aos 172 mil participantes que pediram nova correção das provas.
O fato de Inep ter mencionado que houve “calibragem” dos itens indica que houve questões que não foram pré-testadas, algo que faz parte da TRI. Segundo especialistas, o ideal é que uma prova feita por meio de TRI seja composta apenas por essas questões pré-testadas.
Correio do Povo/Estadão Conteúdo