Parte do grupo que fez o protesto já deixou o local
Maia determina prisão de manifestantes que invadiram o plenário da Câmara | Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados / CP
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou ao Departamento de Polícia Legislativa que prenda todos os manifestantes que invadiram o plenário da Câmara. “Eles entraram no plenário, depredaram e a ordem que dei ao diretor do Depol é que todos saiam daqui presos e sejam levados com o apoio da Polícia Federal, porque nós não vamos aceitar esse tipo de abuso e de agressão ao Parlamento”, assegurou Maia.
Ele informou que foi procurado para negociar depois que o grupo já havia tomado o plenário e que, nesta condição, ele não conversaria. “Não há negociação porque ela teria que ser feita antes da invasão. Agora, já determinei a prisão de todos.”
A maioria dos manifestantes está deixando o plenário acompanhado de policiais legislativos. “Nós vamos e voltaremos”, disse um dos manifestantes ao ser retirado do local escoltado.
No meio da tarde, manifestantes invadiram o plenário da Câmara dos Deputados. Houve tumulto, a sessão foi suspensa e o local fechado. O grupo, formado por cerca de 50 pessoas de dez estados do país, gritava as palavras: “Queremos general”. A porta de vidro que dá acesso ao plenário foi quebrada.
Parte dos manifestantes já desocupou o Plenário, mas alguns permanecem no local. O grupo, que promoveu a invasão por volta das 15h30min, diz não ter lideranças e cobra a presença de um general junto aos manifestantes e a intervenção militar.
O deputado Marcos Rogério (DEM-RO) disse se tratar de um grupo de extrema direita. “O grupo invadiu gritando o nome do juiz Sérgio Moro e, depois, cobrando intervenção. É uma agressão ao Parlamento e é preciso que a Casa aja com firmeza”, disse. Rogério destacou que, apesar da instabilidade política e econômica, as instituições do País funcionam. “Não há razões para movimentos desta natureza”, disse.
O deputado Bohn Gass (PT-RS) cobrou investigação sobre o movimento. “Isso precisa ser investigado. Querem um general aqui”, condenou.
Correio do Povo