Lula defende ampliação do Brics e nega ‘preferência ideológica’ em relação internacional
Presidente afirma que, quanto mais países fizerem parte do grupo, melhor será para o bloco; seis nações foram convidadas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, neste sábado, a decisão do Brics — formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — de ampliar a quantidade de membros do grupo a partir de 2024. Além disso, negou que tenha “preferência ideológica” na relação com outros líderes mundiais.
“O Brics foi extraordinário. E mais extraordinária é a quantidade de países que querem entrar. Mas é preciso estabelecer critérios porque também não é para encher de países.
É para ir colocando de forma criteriosa as pessoas que querem participar. E nós queremos [novos membros]. Quanto mais gente, melhor”, afirmou Lula em entrevista a jornalistas em Luanda, a capital de Angola.
Argentina, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes e Irã foram as nações convidadas pela atual cúpula do Brics para compor o grupo a partir do ano que vem. A inclusão da Argentina causou polêmica, em especial pela proximidade de Lula com o presidente Alberto Fernández e pelo processo eleitoral em curso no país vizinho.
Em outubro deste ano, a população argentina vai escolher um novo presidente. Javier Milei e Patricia Bullrich, dois dos principais candidatos, se opõem ao ingresso do país no Brics.
Apesar disso, Lula negou que eventuais afinidades ideológicas tenham influenciado a decisão de chamar a Argentina a fazer parte do Brics.
“A gente não tem preferência ideológica na relação internacional. Uma coisa é eu ser amigo de beltrano e sicrano.
Outra coisa é que, como chefe de Estado, eu tenho que me relacionar com o chefe de Estado do outro país”, comentou o presidente.
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