Ex-governador afirmou mal conhecer Vaccari e que, portanto, não tinha nada a afirmar a favor ou contra o ex-tesoureiro
O ex-governador Tarso Genro depôs, hoje à tarde, em Porto Alegre, no processo decorrente da Operação Lava Jato, que desarticulou um esquema de fraudes na Petrobras. Ele foi arrolado pela defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso pela Polícia Federal.
O ex-chefe do Executivo foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro em videoconferência.
O petista já havia manifestado surpresa por ter sido indicado como testemunha.
O ex-governador afirmou mal conhecer Vaccari e que, portanto, não tinha nada a afirmar a favor ou contra o ex-tesoureiro do partido. Vaccari foi preso em 15 de abril, suspeito de ser o operador da propina em nome do PT no esquema de corrupção na Petrobras.
De acordo com a assessoria de imprensa de Tarso, ele não vai se pronunciar.
Vaccari responde a duas ações na Justiça Federal do Paraná por corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Em uma delas, é acusado de intermediar doações ao PT somando R$ 4,26 milhões, fruto de supostas propinas pagas por empreiteiras contratadas pela Petrobras.
Na outra ação, é acusado por 24 atos de lavagem de dinheiro, totalizando mais R$ 2,3 milhões.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a quantia é decorrente de parte da propina paga pelo grupo Setal ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque, para fraudar licitações na estatal.
Colaborou: Taline Oppitz