


| Foto: Antonio Augusto/STF/CP
O Supremo Tribunal Federal, a partir desta terça-feira, mais uma vez, irá se tornar foco de holofotes e do interesse da opinião pública. A partir das 9h30, a Primeira Turma irá analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados no processo relativo à tentativa de golpe.

As denúncias podem ser rejeitadas ou admitidas parcial ou integralmente. Se forem acatadas, os denunciados se tornam réus.
Um esquema especial de segurança foi montado, não apenas pela atenção gerada pelo processo, mas em função dos envolvidos e de o Supremo ter se tornado alvo recorrente de críticas e investidas que deixaram o campo dos discursos e das ameaças verbais para a prática. Um dos episódios mais recentes ocorreu em novembro de 2024, quando o autor do ataque acabou se explodindo.
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O julgamento, que pode se estender por dois dias, considerando as sessões reservadas para o processo, se tornará, sem dúvida, uma espécie de espetáculo, com “analistas” comentado em tempo real e com torcidas apaixonadas e engajadas atuando simultaneamente, no tribunal que mais condena, que mais gera barulho e repercussão hoje em dia: as redes sociais.

Classificadas como um passo importante para reforçar a transparência e a fiscalização pública, as transmissões ao vivo dos julgamentos do Supremo, com a criação da TV Justiça, em 2002, e depois, com a ampliação das veiculações para plataformas como o YouTube, geram controvérsias.
Para além da transparência, a veiculação dos julgamentos, que diga-se, somente acontece desta forma no Brasil, acaba expondo ministros de forma demasiada e, em alguns casos, alimentando atuações durante os votos, além de egos e vaidades.
Correio do Povo