Os casos de ameaças aos profissionais da imprensa estão se tornando constantes no Paraná, uma situação que é agravada nas cidades do interior.
É inaceitável que profissionais da imprensa sejam perseguidos ou impedidos por desempenharem suas atividades e trazerem a tona o verdadeiro papel do jornalismo de divulgar fatos de interesse público. Em virtude disso o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) e o Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná lançaram em maio a campanha permanente “Basta: Chega de perseguição a jornalistas”.
Os casos de ameaças aos profissionais da imprensa estão se tornando constantes no Paraná, uma situação que é agravada nas cidades do interior.
O SindijorPR vem novamente a público denunciar novos atentados ao exercício profissional, desta vez em Toledo, envolvendo agentes públicos do município do Oeste paranaense. A entidade ainda está apurando o nome dos envolvidos, mas o principal alvo das perseguições é o jornalista Vagner Krazt, que atua como repórter na RIC TV e na Rádio Integração.São ameaças veladas e tentativas de cerceamento protagonizadas por aqueles que devem ter suas condutas marcadas pela civilidade e pelo tratamento respeitoso à imprensa, requisitos imprescindíveis a um homem público mesmo em circunstâncias adversas.
Segundo relatos do profissional, desde que passou a atuar em Toledo as perseguições são constantes devido às matérias investigativas relacionadas ao poder público. A perseguição ao jornalista Vagner Krazt é uma amostra do que tantos outros profissionais da área sofrem diariamente, quando se propõem a efetivamente ser o contrapoder e trazer ao conhecimento da sociedade informações relevantes ao interesse e debate públicos.
No interior do estado essa realidade é acentuada pela tradição ainda vigente do “coronelismo”, um sistema antigo em que pessoas ou pequenos grupos constituem oligarquias no poder. “Isso é fruto de um estado que ainda convive com fortes oligarquias que sempre estiveram mal acostumados com pessoas que não tem a ética como principio fundamental da profissão. Felizmente esses não profissionais já não encontram o mesmo espaço em nossa área, mas uma boa parte de agentes públicos ou pessoas a mando dessas pessoas ainda acreditam que podem calar a imprensa. Isso é inaceitável em uma sociedade que busca fortalecer sua democracia”, comenta o diretor do SindijorPR Júlio Carignano.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná reitera que ameaçar jornalistas, além de um atentado ao livre exercício profissional, é uma afronta ao direito à comunicação, a qual todos os cidadãos paranaenses devem ter acesso.
A entidade repudia os ataques e presta solidariedade e se coloca à disposição do jornalista Vagner Krazt para os devidos encaminhamentos legais relativos aos casos.
