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sexta-feira 22 novembro 2024
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Israel intensifica bombardeios em Gaza e prepara ofensiva terrestre

Israel intensifica bombardeios em Gaza e prepara ofensiva terrestre

Hamas mantém mais de 150 reféns

Foto: IDF/Divulgação
Israel intensificou nesta terça-feira os ataques aéreos à Faixa de Gaza. O ministro da Defesa israelense informou que prepara uma ofensiva total, inclusive terrestre, à região.
“Começamos a ofensiva pelo ar, depois iremos também pelo solo. Estamos controlando a área desde o Dia 2 e estamos na ofensiva. Isso só vai se intensificar”, disse Yoav Gallant.

O Hamas revida os ataques com disparo de foguetes e ameaça executar mais de 150 reféns se Israel continuar a bombardear casas de civis em Gaza.Os membros do gabinete político do Hamas, Jawad Abu Shammala, e Zakaria Abu Maamar, foram mortos em um ataque aéreo em Khan Younis, de acordo com uma autoridade do Hamas, citada pela Agência Reuters. Foram os primeiros líderes do Hamas mortos desde que Israel começou a atacar o grupo.Síria e Líbano
Forças israelenses atiraram morteiros contra a Síria nesta terça-feira. Informações, de acordo com a Agência Reuters, uma facção palestina havia disparado três foguetes, a partir do país vizinho, contra Israel.Os israelenses também responderam com mísseis aos disparos de foguetes vindos do Líbano. Segundo a força de segurança israelense, 15 foguetes saíram do sul do Líbano, sendo que quatro foram interceptados e dez caíram em áreas abertas, de acordo com a reportagem da TV Brasil.Os episódios elevaram a preocupação em torno de uma escalada de violência com a entrada de grupos extremistas no confronto, como o Hezbollah, do Líbano.

Mortes
Estima-se que mais de 1,8 mil mortos morreram desde o início do conflito entre Israel e Hamas, sendo mil em Israel e 830 na Faixa de Gaza. A maioria das mortes é de civis, embora o Exército israelense tenha informado que encontrou os corpos de 1,5 mil combatentes do Hamas em meio ao cerco a Gaza – cifra ainda não oficializada, que pode ampliar o número de óbitos para mais de 3,3 mil.

Ao menos 200 mil palestinos deixaram as comunidades onde viviam tentando escapar das consequências da contraofensiva de Israel contra o Hamas em Gaza. Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), o número de palestinos deslocados já representa quase 10% dos cerca de 2,2 milhões de pessoas que vivem em Gaza – um estreito pedaço de terra de cerca de 41 quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, banhada pelo Mar Mediterrâneo e controlada pelo Hamas.

Comunidade internacional
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta terça-feira que o país vai garantir que Israel possa se defender dos ataques. De acordo com ele, pelos menos 14 norte-americanos morreram no conflito, e outros são mantidos prisioneiros pelo Hamas. “Esse é um ato de pura maldade”, disse Biden.

A Suécia informou que vai suspender a ajuda aos territórios da Palestina. Já os Emirados Árabes Unidos anunciaram o envio imediato aos palestinos de US$ 20 milhões. O governo alemão defendue que pôr fim ao apoio ao povo palestino pode ser um erro.

 

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza alertou que a falta de suprimentos médicos vai levar os hospitais locais à uma “situação catastrófica”. A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ajuda humanitária urgente à região e apelou à libertação imediata de todos os reféns.A Organização Mundial da Saúde solicita a criação de um corredor humanitário para levar bens à população que vive na Faixa de Gaza. O governo de Israel recusou um pedido para levar alimentos e suprimentos médicos para a Faixa de Gaza, disse Hussein Al-Sheikh, secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), nesta terça-feira.Brasil
Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da EBC, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que está em viagem oficial ao Camboja, reafirmou a posição diplomática do governo brasileiro sobre o conflito no Oriente Médio.“A posição do Brasil é de que os atos violentos devem ser interrompidos, deve haver uma cessação de hostilidades. E, evidentemente, que nós condenamos a violência e o derramamento de sangue”, destacou o chanceler, ao comentar que vem mantendo conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a escalada de violência na Faixa de Gaza, e também sobre a operação de repatriação de cidadãos do país.Em outubro, o Brasil ocupa a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Uma reunião de emergência ocorreu no fim de semana, convocada pela presidência temporária brasileira, mas não houve consenso.Ainda no fim de semana, em nota, o Palácio do Itamaraty defendeu o compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.

FONTE Agência Brasil



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