Conselho de Segurança israelense votou pelo fim dos ataques à Faixa de Gaza nesta quinta-feira
O Conselho de Segurança de Israel votou nesta quinta-feira (20) por um cessar-fogo no confronto contra o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza, segundo o jornal Jerusalem Post.
O acordo teria sido costurado com uma delegação diplomática do Egito, país apontado pela ONU como mediador do conflito. O fim das hostilidades, segundo a imprensa israelense, também depende de uma paralisação, por parte do Hamas, do disparo de foguetes contra o país.
De acordo com a AFP, o Hamas e a Jihad Islâmica confirmaram o cessar-fogo em Gaza. “O gabinete (de segurança) aceitou por unanimidade a recomendação dos funcionários de segurança (…) de aceitar a iniciativa egípcia de cessar-fogo bilateral sem condições”, informaram em um comunicado as autoridades israelenses.
Na Faixa de Gaza, o Hamas confirmou a entrada em vigor desta trégua a partir das 2h locais de sexta-feira (20h de quinta, horário de Brasília).
Os ataques aéreos de Israel já mataram 227 pessoas desde o último dia 10 na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. Já os foguetes lançados por grupos palestinos mataram no mesmo período 12 pessoas em Israel, segundo a polícia daquele país.
O Exército israelense afirma que busca evitar “danos colaterais” em seus ataques, voltados a alvos militares. Também afirmou que foguetes mal dirigidos lançados pelos palestinos caíram dentro da Faixa de Gaza e podem ter sido responsáveis pela morte de alguns civis.
Reunião no Conselho de Direitos Humanos da ONU
Hoje, o Conselho de Direitos Humanos da ONU anunciou, que terá na próxima semana uma reunião especial sobre a situação nos Territórios Palestinos. Prevista para 27 de maio, a reunião foi solicitada pelo Paquistão, país coordenador da Organização para a Cooperação Islâmica, e pelas autoridades palestinas. Eles reuniram assinaturas suficientes dos 47 países-membros do organismo.
No encontro reunião, os países vão examinar “a grave situação dos direitos humanos” nos Territórios Palestinos Ocupados, incluindo Jerusalém Oriental, de acordo com o comunicado divulgado. Desde sua criação, em junho de 2006, o Conselho dos Direitos Humanos teve 29 sessões extraordinárias para reagir a situações de urgência. Em várias delas, condenou-se Israel pela situação em Gaza.
Correio do Povo