O delegado Felipe informou que a investigação começou no Departamento de Investigação de Crimes Cibernéticos dos Estados Unidos, que comunicou a embaixada brasileira, e o Ministério da Justiça, que contatou a Polícia Civil do Estado do Paraná, por meio do Departamento de Investigação de Crimes cibernéticos e a Delegacia responsável do município de Palmas.
O delegado disse que devido a gravidade da informação, foi realizada uma força tarefa e na tarde de quarta-feira (02), já com mandados de busca e apreensão foi possível localizar o menor. Foram apreendidos computadores, celulares e equipamentos eletrônicos na casa dele e encaminhados para a delegacia.
Em depoimento, o jovem confessou tudo o que constava das denúncias levantadas pela polícia americana. O menor informou que ele se considerava um “ALFA”, espécie de líder de uma rede na internet onde orientava os demais participantes de como planejar crimes e ataques contra escolas. Ele relatou, inclusive, que orientava um dos participantes sobre como deveria agir para matar a própria mãe.
Conforme o delegado, ele disse ter preconceitos contra homens negros e homossexuais, que admira o “Guilherme” autor de ataque a escola em Suzano (SP) e que mantinha material impresso sobre o assassino. Ele relatou que não admira a pessoa de “Hittler”, mas que admirava sua ideologia. Perguntado sobre Judeus em campos de concentração, respondeu que “se estavam lá era porque mereciam”.
O delegado informou que ele é frio e muito perigoso, com uma mente extremamente criminosa. O depoimento dele já foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário de Palmas, onde deverá ser ouvido e a Justiça deverá decidir o que será feito, já que a Polícia considera que ele solto representa muito perigo, pela frieza e pela determinação em realizar crimes.
Todo o material apreendido foi encaminhado para a perícia. Quanto a possível participação de mais pessoas em Palmas, ele disse que não conseguiu arrebatar seguidores, concentrando suas maiores bases em São Paulo (SP) e no estado do Pará e que se comunicava com os seguidores através de códigos, que demonstrava respeito por ele e sua periculosidade.
A Justiça deve se manifestar em breve sobre o destino do menor, que não teve idade nem endereço em Palmas divulgado por questões de segurança de sua família.