Meta inicial era apresentar projeto até o fim de julho
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr
Representantes de empresas e de trabalhadores divergiram “em tudo” na reunião desta terça-feira, sobre reforma da Previdência, no Palácio do Planalto. Depois de um mês e meio de criação e cinco reuniões, o grupo de trabalho para discutir a reforma da Previdência, com a participação do governo, empregadores e sindicalistas, decidiu nesta terça-feira que um novo grupo será formado para debater a questão. Com isso, a meta de entregar uma proposta até o fim de julho, agora, segundo o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, passou para “até o fim do ano”.
Diante do impasse, e também de números e diagnósticos divergentes que tornaram impossível aprofundar as discussões depois de cinco reuniões, foi adotada a solução clássica: a criação de um grupo de trabalho tripartite para, finalmente, começar a alinhar uma proposta. “Quando a gente não quer decidir com rapidez se monta um grande colégio. Quando a gente quer mais rapidez, um grupo menor. Fomos para o grupo menor”, explicou o coordenador dos trabalhos, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Isso criou, em alguns participantes da reunião, a impressão que a proposta, que tende a conter pontos polêmicos como a fixação de idade mínima, só ficará pronta após as eleições municipais de outubro – como, aliás, têm recomendado interlocutores da área política ao presidente em exercício, Michel Temer. “Não acontece nada antes das eleições, pode escrever”, disse um dos participantes. O governo nega que o plano seja esse e promete trabalhar rápido.
Correio do Povo