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quinta-feira 9 maio 2024
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Guerra da Ucrânia completa dois meses com massacre de civis e milhões de refugiados

Assassinato de centenas de pessoas em Bucha comoveu o mundo; Moscou nega responsabilidade pelas mortes na região de KievSegundo dados da ONU, 2.072 civis morreram nos dois meses de guerra, sendo 169 crianças

Segundo dados da ONU, 2.072 civis morreram nos dois meses de guerra, sendo 169 crianças 

invasão russa da Ucrânia completa dois meses neste domingo (24) com milhares de mortos, milhões de refugiados e os pedidos da comunidade internacional para que Vladimir Putin anuncie o fim da ofensiva. Sem uma luz no horizonte, Ocidente busca financeiramente e diplomaticamente maneiras de fazer com que a Rússia saía do território ucraniano.

Mais de 5 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia desde o início da guerra, o que representa mais de 10% da população do país, segundo o último censo. Destes, pelo menos 215 mil são estrangeiros que também fugiram do país.

Uma arrecadação mundial para ajudar os refugiados ucranianos conseguiu o total de R$ 50 bilhões, segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Além dos líderes mundiais que pediram ajuda em seus países, uniram-se artistas como Elton John, Alanis Morissette, Billie Eilish, Annie Lennox e Chris Rock.

Segundo dados da ONU, 2.072 civis morreram nos dois meses de guerra, sendo 169 crianças. As Nações Unidas afirmam que os números podem ser menores do que a realidade, já que áreas duramente bombardeadas, como Mariupol, são de difícil acesso para o registro de mortos e feridos.

O episódio mais marcante da guerra da Ucrânia neste mês foi o massacre de Bucha. Após a retirada de tropas russas da cidade próxima a Kiev, centenas de corpos de civis foram encontrados espalhados pela cidade, muitos deles com as mãos amarradas. A Rússia nega o ataques à população da cidade.

O episódio mais marcante da guerra da Ucrânia neste mês foi o massacre de Bucha. Após a retirada de tropas russas da cidade próxima a Kiev, centenas de corpos de civis foram encontrados espalhados pela cidade, muitos deles com as mãos amarradas. A Rússia nega o ataques à população da cidade.

Este segundo mês de guerra também contou com a visita de líderes mundiais a Kiev, como o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Uma comitiva com representantes dos países bálticos também visitaram a capital da Ucrânia para mostrar apoio ao presidente Zelenski.

As visitas foram possíveis após as autoridades russas decidirem recuar da região de Kiev, no norte da Ucrânia, e concentrar as forças armadas no leste do país, nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk.

As sanções do Ocidente contra a Rússia continuaram neste segundo mês da invasão, atingido até as filhas de Putin, Katerina e Maria Vladimirovna Tikhonova. Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia promoveram as medidas econômicas que deixaram o governo russo perplexo.

Outro marco da guerra, a usina nuclear de Chernobyl, foi recuperada pelos ucranianos após as forças militares da Rússia deixarem o local. A planta nuclear desativada foi tomada por Moscou na primeira semana de guerra, sob forte protesto da comunidade internacional pelos riscos radioativos no local.

Enquanto Chernobyl foi recuperada, a Rússia anunciou que a cidade portuária de Mariupol, no sudeste do país, foi dominada pelas forças russas. O município, duramente atacado desde o início da invasão, teve tomada comemorada por Putin que classificou a operação como “sucesso”.

O segundo mês de guerra também foi marcado por uma série de trocas de presos entre os dois países. Uma das detenções mais relevantes foi a do político ucraniano pró-Rússia Viktor Medvedchuk, que chegou a ser oferecido por Zelenski como moeda de troca por soldados de Kiev.

Correio do Povo




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