Ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia que o Descomplica Trabalhista “vai retirar o Estado do cangote da população”
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, o programa “vai retirar o Estado do cangote da população”. “Alguém que tem seis vaquinhas e estava tirando leite precisava ter um contador para preencher um formulário com 2 mil perguntas. Isso é um absurdo”, criticou.
Segundo o ministro, caberá ao secretário de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, o anúncio das novas simplificações. De acordo com o secretário, as alterações resultam em uma economia de R$ 20 bilhões por ano. “Há 20 anos ninguém fazia isso”, ressalta ele. “Estamos entregando normas mais racionais, sem complicações, com menos custo para o setor produtivo e mais segurança para o trabalho e para o trabalhador. Tudo isso por meio de uma comissão que tem um trabalho técnico”, comemorou Bianco.
Bianco classifica as portarias eliminadas como “inúteis”. Entre as normas descartadas aparece a modernização de norma regulamentadora do Agronegócio. “Só com essa medida, o agronegócio vai economizar R$ 4 bilhões por ano”, estimou o secretário especial.
Outra alteração determinada pela equipe econômica estabelece a entrega de um novo eSocial, com a eliminação de informações duplicadas. “Ficarão apenas aquelas informações essenciais. O empreendedor brasileiro vai ter muito mais simplicidade. Queremos o fim de obrigações sem nenhuma fundamentação legal”, pontou.
Na avaliação do secretário especial de previdência e trabalho, a modernização permitirá que pequenos empresários resolvam seus problemas pessoalmente, sem a necessidade de novos custos e com a melhoria do ambiente de negócios.
Retomada
Os representantes do Ministério da Economia também aproveitaram a oportunidade para reafirmar que a economia brasileira se recupera da crise causada pela pandemia do novo coronavírus em sinal de “V”.
“Já podemos dizer que estamos vivendo uma retomada e isso já é verificado no mercado de trabalho”, disse Bianco ao citar os dados mais recentes do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O presidente Jair Bolsonaro também participou da cerimônia, mas não se pronunciou.