Não haverá desativação do atendimento aeromédico realizado pelo governo do Estado, garantiu nesta quinta-feira, em Brasília, o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo. O Estado, porém, não irá renovar o contrato terceirizado feito por meio da Prefeitura de Imbé da equipe de 15 profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros. O grupo atua no serviço, executado por meio do helicóptero da Brigada Militar (BM) e aviões da Uniair (empresa da cooperativa Unimed). O trabalho passará a ser feito por funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) vinculados ao Estado e a municípios. “Tudo será mantido”, garantiu o secretário.
O contrato com a empresa terceirizada vence neste semestre. Na manhã desta sexta-feira, Gabbardo terá reunião na secretaria com especialistas da BM em transporte aéreo. Será examinada a questão dos dois helicópteros adquiridos pelo Estado por R$ 26 milhões no ano passado que ainda não saíram dos EUA. “Não sabemos qual será a destinação e uso das aeronaves. Elas não têm seguro e exigirão 12 pilotos, ou seis por helicóptero, entre plantões e folgas”, disse.
O presidente do Sindicato Médico (Simers), Paulo Argollo Mendes, não vê necessidade de o Estado ter os novos helicópteros destinados à saúde. “Ambos seriam mais interessantes à BM e poderiam atender à saúde em caso de emergência. A estrutura atual é suficiente. Se fossem retiradas as ambulâncias, aí o caso seria grave”, diz ele.
Atualmente, o único helicóptero encontra-se na base de Capão da Canoa e trabalha na Operação Golfinho. O subcomandante do Batalhão de Aviação da BM, major Carlos Franck Simanke, acrescenta que, fora do Litoral, a aeronave atua em operações de policiamento ostensivo, policiamento rodoviário, acidentes e remoção intermunicipal.