A felicidade está em nossas mãos
Todos os dias acordamos com as notícias de um mundo que nunca pára.
Se aqui é dia, no outro lado do mundo essa expectativa já passou.
Chegam notícias com a velocidade da luz, sobre tudo. Mas o que tem mais alarmado é a disseminação da infelicidade.
As pessoas se solidarizam com um olhar triste, com uma situação aparentemente violenta.
Na natureza existe a caça e o caçador. Toda a cadeia natural é assim.
Para nós, evoluídos, existe a Justiça.
E dizem que a justiça é para todos, igualmente.
E quando a justiça é feita sem meios-tons, a solidariedade vai para o criminoso.
É uma herança dos folhetins, talvez, que nos pinta os vilões como sendo sedutores, divertidos e até mesmo mais interessantes do que os protagonistas, que têm a seu favor apenas o velho jargão de que “o bem sempre vencerá”.
Mas a vida nem sempre imita a arte, ou demora para imitá-la.
Nossos ‘mocinhos’ não são galãs; nossas ‘vilãs’ tem cara de ‘mocinhas’, mas seus feitos envergonham até o mais criativo dos novelistas.
A arte tenta agora alcançar a vida, sem muito sucesso.
Há muito conceito moral imposto pelos horários para que possam retratar a vida com fidelidade.
E assim a caça do mundo selvagem faz muitas vítimas no nosso mundo, amparada pela mediocridade do lado que deveria ser o do bem.
Acatamos a violência e a repudiamos, mas quando é que um de nós tira uma hora do seu tempo por semana para educar uma criança carente?
Quem doa um caderno ou lápis para essas crianças? Quem empresta um pouco da sua vida aos necessitados?
E somos nós as vítimas de nós mesmos.
Da nossa má-vontade e do nosso descaso.
Não arrancar as plantas daninhas é ter a certeza de não poder colher nada de bom no futuro bem próximo.
Temos o tempo.
Temos o conhecimento, temos tudo o que precisamos para educar e para servir ao nosso próximo.
Só depende de nós.
A felicidade está em nossas mãos.
Boa segunda.
Marcelo Etiene
