Com a morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo as emissoras de televisão brasileiras paralisaram suas programações para falar sobre o assunto como se isso tivesse parado o País.
Se fizeram isso com ele o que não farão com Roberto Carlos no dia que ele se for?
Ficarão uma semana falando do assunto. E de hora em hora.
A Globo, maior emissora do Brasil, parecia uma de quarto mundo falando sobre algo realmente muito importante.
Foi cômico aquilo. Eu, como jornalista, fiquei constrangido com o que vi.
Aliás, até o pessoal que foi escalado para falar estava visivelmente constrangido no ar. Imagino o que o pessoal falou a respeito nas redes sociais e no e-mail da emissora.
A Globo deve ter ficado ruborizada com o que recebeu.
Mas, o que as emissoras fizeram foi apenas confirmar o que todos sabemos: falta de assunto.
Acontece que, para enxugar sua folha e diminuir seus gastos, as emissoras estão colocando cada vez mais gente na rua e assim, sem profissionais, fazem qualquer coisa para manter a programação, que não é grande coisa, no ar, afinal é preciso manter os patrocinadores.
MV Bill postou uma coisa bem certa no Facebook: “Como pode ser tragédia a morte de um artista e a morte de milhões, apenas uma estatística?”.
A televisão está com seu prazo de validade a vista.
