Corte descredenciou do grupo coronel que publicou em redes sociais informações falsas sobre o sistema de votação
O Exército informou, nesta quarta-feira, que não vai indicar um militar para substituir o coronel Ricardo Sant’Anna, descredenciado da Comissão de Fiscalização das Eleições do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após ter sido acusado de espalhar fake news sobre a urna eletrônica.
Em um comunicado, o Exército considerou a decisão do TSE unilateral. “Baseado em ‘apuração da imprensa’ e de forma unilateral, sem qualquer pedido de esclarecimento ou consulta ao Ministério da Defesa ou ao Exército Brasileiro, o TSE ‘descredenciou’ o militar.
Dessa forma, o Exército não indicará substituto e continuará apoiando tecnicamente o MD (Ministério da Defesa) nos trabalhos julgados pertinentes”, esclarece o texto divulgado pelos militares.
Em ofício enviado ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o presidente do TSE, Edson Fachin, afirmou que os integrantes da comissão de fiscalização eleitoral devem ter confiança da sociedade e da Justiça Eleitoral e não podem espalhar informações falsas sobre o sistema eleitoral.
“Conquanto partidos e agentes políticos tenham o direito de atuar como fiscais, a posição de avaliador da conformidade de sistemas e equipamentos não deve ser ocupada por aqueles que negam prima facie o sistema eleitoral brasileiro e circulam desinformação a seu respeito”, afirmou Fachin.
Já o Exército alega que o trabalho das equipes é técnico e institucional. “O trabalho da equipe das Forças Armadas, particularmente dos representantes do Exército Brasileiro, é eminentemente técnico e realizado de forma coletiva por seus integrantes, além de ser estritamente institucional, como se supõe que devam ser os trabalhos de todas as demais equipes participantes do processo”, completa o comunicado feito pela força.