Após 15 anos de tramitação, a ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), foi inocentada de todas as acusações da Operação Rodin, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O processo investigava supostos atos de corrupção e improbidade administrativa em contratos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS).
Em sessão nessa quarta-feira, o TRF-4 reconheceu, por unanimidade, que em nenhum momento a ex-governadora cometeu fraude, corrupção ou teve enriquecimento ilícito.Além disso, a corte registrou que o Ministério Público Federal (MPF) não reuniu provas ou indícios de atuação dolosa ou intencional de Yeda. O MPF pode, no entanto, recorrer.
Caso recorra, Fábio Medina Osório, advogado de Yeda no caso, diz que buscará “o reconhecimento da litigância de má-fé, pois está evidente e escancarado no processo que não há provas nem indícios de atuação dolosa ou intencional de Yeda”.
“Também buscaremos que se reconheça a nulidade da petição inicial, caso haja recurso do MPF”, afirmou o advogado.
A primeira e única mulher a governar o Estado até o momento celebrou a decisão. “É uma enorme vitória. É o fim de uma provação que dura mais de uma década. Mas sempre acreditei na Justiça e ela enfim chegou”, falou.
A ação teve a relatoria do desembargador Marcos Roberto Araújo Santos. Acompanharam o voto pela inocência os desembargadores Luís Alberto Aurvalle, que presidiu a sessão, e Vivian Pantaleão.