Ex-diretor da Abin pede que depoimento à CPMI de 8 de Janeiro ocorra em sessão sigilosa
Moraes concedeu à defesa de Saulo Cunha acesso a documentos do inquérito sobre omissão de autoridades durante os ataques


Segundo a defesa, composta de integrantes da Advocacia-Geral da União, pelo fato de Cunha ter atuado como diretor da agência governamental, Cunha se vê na posição difícil de prestar depoimento para falar de assuntos sobre os quais assumiu o dever legal de guardar sigilo.Os advogados também pedem à Corte que determine que o depoimento de Cunha seja feito para a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional, que controla e fiscaliza as atividades de inteligência e se reúne, em sessões secretas, mensalmente.
Dias antes do 8 de Janeiro, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) enviou um relatório sigiloso, elaborado pela Abin, ao Congresso Nacional. O encaminhamento do documento sugere que o governo federal sabia da possibilidade de eventuais ataques.
A agência informou que tinha identificado a convocação de diversas caravanas em direção à capital federal. No texto, a Abin apontou os riscos de eventuais distúrbios, sem que nada tenha sido feito pelo GSI.