Profissionais de serviços essenciais precisaram se readequar e obedecer protocolos de higiene
Na empresa dirigida por Jonathas Borges Fortes, os operadores de telemarketing passaram a trabalhar no formato de rodízio. “Além disso, intercalamos as posições nos postos de trabalho, um sim, um não. O setor da limpeza, sim, trabalha todos os dias”, explicou. Há recipientes de álcool gel e papel toalha em todas as mesas. Quem atua na área administrativa está no sistema de home office. “Para os que precisam vir para o call center, disponibilizamos uma área para que possam fazer as refeições, já que ficou mais difícil almoçar no entorno, como costumam fazer”, conta Fortes. Demissões não ocorreram, segundo ele, porque a empresa pensa em médio e longo prazo. “Atuamos muito com cobrança. Quando a pandemia terminar, surgirá um volume de inadimplentes, portanto nossa demanda vai aumentar”, projeta.
Já em um escritório de contabilidade, a realidade é outra. Na empresa em que é contador proprietário, Luiz Boeira todos os funcionários estão de home office. “Só venho dias por semana porque há atividades que precisam ser presenciais, documentos que precisamos receber”, explica. Sem falar nos clientes de empresas menores que não conseguem fazer procedimentos on-line. “A coisa está feia, há empresas que precisaram reduzir 60% do quadro”, conta Boeira.
Na empresa de Adão Franciscano, todo o cuidado é pouco no recebimento dos documentos de forma física. “Lavo bem as mãos e utilizo álcool gel antes e depois de lidar com os clientes”, salienta. No escritório, revezamento entre os dois proprietários. “Fazemos muitas chamadas de vídeos, resolvendo o que é possível. Quando dá, a solução é transformar documentos em PDF, mas nem sempre, na contabilidade, é o suficiente”, completa Franciscano.
Christian Bueller/Correio do Povo