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segunda-feira 29 abril 2024
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Em reunião com governadores, Dilma destaca que governo tem condições de enfrentar a crise

Dilma afirma que reunião com governadores é importante para o País | Foto: Wilson Dias / Agência Brasil / CP

Em reunião com governadores no Palácio do Alvorada, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira não negar as dificuldades da crise econômica que atinge o País. Mas a petista fez questão de destacar que o governo tem todas as condições de enfrentar os desafios em um prazo mais curto do que alguns pensam. “A economia brasileira é bem mais forte, sólida e bem mais resiliente do que era alguns anos atras quando enfrentou crises similares”, disse a presidente. 

Destacou que a reunião de hoje tem papel importante na condução dos destinos do Brasil. Diante de ameaças de impeachment, a presidente mandou um recado para os presentes e disse que todos têm um patrimônio em comum: o fato de terem sido eleitos pelo voto democrático e popular. Lembrando que todos assumiram um compromisso perante os eleitores para governar até 2018.

Segundo ela, todos os presentes ao encontro foram eleitos numa conjuntura bem mais favorável que a atual. Dilma, entretanto, argumentou que a partir de agosto de 2014 houve um fato muito importante no cenário internacional, que foi o colapso do preço das commodities. Ela disse ainda que a crise internacional não está esmorecendo e que a China agora passa por dificuldades. “Tudo isso que estou falando não é desculpa para ninguém, é o fato de que nós, por sermos governantes, não podemos nos dar o luxo de não ver a realidade com olhos claros, de ignorar a realidade”, afirmou.

A presidente citou ainda que o Nordeste atravessa uma seca prolongada e que houve uma estiagem inesperada no Sudeste, que acabou por gerar impacto no preço da energia consumida pelas empresas e pelas famílias. Ela disse que a consequência foi uma forte queda da arrecadação de impostos e de contribuições sociais, assim como diminuição das receitas.

Dilma disse que alguns Estados estão passando por dificuldades semelhantes às do governo federal e conclamou a todos a enfrentar esses problemas “juntos”. Para ela, a base é se chegar a um novo ciclo de crescimento econômico mais sólido e robusto do que o anterior. E que o primeiro passo para isso é controlar a inflação e voltar a promover o reequilíbrio fiscal.

A presidente fez ainda um apelo sobre a questão da segurança pública. Para ela, é necessária uma cooperação federativa, tendo como alvo as populações mais pobres, para frear o crescimento de homicídios.

“Proponho uma cooperação federativa. Concentrada no esforço comum de todos nós, que integram os demais poderes do estado, em especial o Judiciário, para interrompermos os números de homicídios que façam uma pessoa ser assassinada a cada 10 minutos”, disse a presidenta. “Precisamos desenvolver políticas de segurança e sociais em populações vulneráveis. Podemos interromper o número de homicídios, num horizonte de agora até 2018”, completou.

Durante o encontro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fará uma exposição sobre as questões envolvendo segurança pública, para embasar as discussões da cooperação federativa proposta por Dilma em sua fala.

Pela primeira vez em seu segundo mandato, Dilma se reúne com os governadores de todas as regiões do país. Com exceção do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), que será representado pela vice, Rose Modesto, os demais chefes dos Executivos estaduais e do Distrito Federal estão presentes no encontro.

Entre os temas que estarão em pauta no Palácio da Alvorada, em Brasília, a reforma do Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS) terá importância especial, pois uma proposta sobre o tema está em vias de ser votada pelos senadores, assim que retornarem do recesso na próxima semana. Além das medidas que pretende apresentar, Dilma quer ouvir as demandas dos governadores.

Fonte Correio do Povo.




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