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quarta-feira 27 novembro 2024
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Em meio à pandemia, RS encerra surto de sarampo

Último registro da doença no Estado ocorreu em abril deste ano

Último caso da doença ocorreu em abril deste ano

Último caso da doença ocorreu em abril deste ano 

Desde o mês de abril de 2020, o Rio Grande do Sul não registra novos casos de sarampo em solo gaúcho. Até 13 de junho deste ano, foram 37 casos confirmados da doença, sendo o último paciente contaminado no mês de abril. Passado o período de 90 dias, a Vigilância da Saúde do Estado considerou encerrado o surto de sarampo no Estado. No ano passado, foram 101 casos confirmados e 789 suspeitos da doença – que é evitada com aplicação de vacina na rede pública.

Ao passo que os profissionais da saúde concentram esforços para combater o coronavírus, a atenção também está voltada às outras patalogias, destacou a técnica da Vigilância estadual da Saúde, Juliana Patzer. Ela lembrou que transmissão do sarampo, que ocorre por meio da tosse, espirro e da fala, é tão ou mais facilitada quanto à da Covid-19. “Em uma sala com dez pessoas e eu entro com uma pessoa confirmada pela doença, destas nove correm o risco de serem contaminadas”, exemplificou.

Desta forma, a maior medida de controle para a contaminação é saber identificar imediatamente um caso suspeito. O sinal para a identificação de um paciente é a combinação de três sintomas: febre e manchas vermelhas pelo corpo, acompanhado de tosse ou coriza ou, ainda, conjutivite.

Cobertura vacinal caiu nos últimos anos

O principal modo de evitar uma possível epidemia de sarampo é a vacinação, neste caso a vacina Tríplice Viral. No entanto, historicamente a cobertura do imunizante é baixa no Brasil. O ano de 2016 foi um marco na saúde pública nacional. Neste ano, o Brasil conquistou o reconhecimento internacional após a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) ter considerado o país livre do sarampo. Mas, de lá pra cá, o Brasil não alcançou mais a meta de imunização ao vírus. Enquanto o objetivo da campanha é vacinar 95% da população, nos últimos quatro anos esse índice ficou entre 90% e 92%.

“Em relação à pandemia, a gente ainda não consegue medir esse impacto na cobertura vacinal. Mas estamos fazendo um trabalho com a Atenção Básica reforçando a importância da manutenção desta vacina neste período, seguindo as medidas de proteção ao Covid-19”, destacou Juliana Patzer.

Paraná e Santa Catarina acumulam casos em 2020

Ela evitou, contudo, um clima de vitória e reforçou que, apesar do surto encerrado no Estado, o país continua em surto e, por isso, em alerta com mais de 7 mil casos entre janeiro e julho deste ano. No recorte regional, o Paraná já acumula mais de 300 casos e Santa Catarina com mais de 100 casos neste ano.

Em 2019, a maior concentração de casos de sarampo foi na faixa etária de 15 a 29 anos. “É aquela faixa etária que muitas vezes já não tem mais a carteirinha, não sabe se foi vacinado ou não. E é a faixa etária que precisa de duas doses de vacinação contra o sarampo”, lembrou a técnica.

Hoje, a vacina Tríplice Viral é disponibilizada no sistema público a partir dos seis meses de idade até os 59 anos. De seis a 11 meses é uma dose considerada “extra”, implementada no ano passado em razão do crescimento de casos. Depois, de 1 aos 29 anos, toda pessoa tem que ter duas doses da vacina na carteirinha e de 30 a 29 anos uma terceira dose. O programa nacional de vacinação só considerada vacinada a pessoa que apresentar o registro do imunizante. Caso contrário, precisa refazer a aplicação.
Por

Brenda Fernández Correio do Povo



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