‘Em hipótese nenhuma’ Maduro vai usar território brasileiro para invadir Guiana, diz Múcio Monteiro
Intenção do Brasil de impedir passagem de tropas venezuelanas cria dificuldade invasão do país vizinho
A intenção do governo brasileiro de impedir o uso do território brasileiro como local de passagem para um eventual tentativa da Venezuela de invadir a Guiana cria uma dificuldade logística para as tropas de Maduro por conta das características da região.
Múcio disse que o Brasil não se envolverá em eventual conflito, e que as Forças Armadas brasileiras vão reforçar o efetivo em Roraima, próximo a fronteira com Guiana e Venezuela. O ministro afirmou que o reforço de veículos do Exército para a região já estava planejado, mas que a ação foi adiantada para evitar “qualquer problema” na tensão diplomática que ocorre na região.
O Exército enviou 20 blindados para Roraima após Nicolás Maduro anunciar o resultado do plebiscito que chancela a anexação de um terço do território da Guiana pela Venezuela. Os veículos partiram do Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
“O Brasil não vai se envolver em hipótese nenhuma. O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] dá consciência disso e nós já reforçamos. Já era ideia nossa reforçar Roraima porque Roraima tem o problema dos índios, problema dos garimpeiros, problema de drogas, problema de todo mundo. Evidentemente, que precipitamos e estamos aumentando o contingente lá em um tempo mais curto para evitar qualquer problema”, disse o ministro da Defesa.
Um encontro entre Maduro e o presidente guianense, Irfaan Ali, na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas foi marcado após um telefonema de Lula para o ditador venezuelano. O encontro ocorrerá na próxima quinta-feira (14). O o chefe da assessoria especial da Presidência, Celso Amorim foi escalado pelo governo brasileiro para acompanhar a reunião