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quinta-feira 21 novembro 2024
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Em discurso na cúpula do G20, Bolsonaro exalta atração de recursos e livre comércio

Comércio e inclusão social também estão entre as prioridades do governo brasileiro durante debate com líderes mundiais

Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro destacou, na abertura da reunião do G20, grupo de países mais ricos do mundo, o ritmo de vacinação voluntária contra a Covid-19 no Brasil e a atração de investimentos em infraestrutura. Bolsonaro também cobrou dos presentes um comércio “livre de medidas distorcidas e discriminatórias”.

O chefe do Executivo federal iniciou o discurso com destaque para os desafios que o mundo enfrenta para alcançar um “crescimento econômico mais estável e equitativo”. Em seguida, Bolsonaro exaltou o repasse de recursos públicos a pessoas mais vulneráveis, por meio do auxílio emergencial, e também a atração de dinheiro estrangeiro.

“Estamos igualmente comprometidos com uma agenda de reformas estruturantes, essenciais para uma retomada econômica sustentada. Já conseguimos atrair um volume superior a US$ 110 bilhões em investimentos nos setores de infraestrutura e temos a expectativa de alcançar valores ainda superiores até 2022”, assegurou.

Bolsonaro, que ainda não se vacinou e teve a Covid-19, também enfatizou a vacinação no país. “No Brasil, mais da metade da população nacional já está plenamente imunizada de forma voluntária. Mais de 94% da população adulta já recebeu pelo menos uma dose da vacina”, disse.

Para completar, o presidente cobrou dos presentes um esforço extra, com a retomada da economia mundial, para um comércio mais justo entre as nações. Bolsonaro destacou “a relevância de promovermos um comércio internacional livre de medidas distorcidas e discriminatórias”.

Leia, na íntegra, o discurso de Bolsonaro no G20

“Senhoras e senhores líderes do G20,

É uma grande satisfação para mim participar, presencialmente, deste importante encontro de lideranças em um momento de recuperação econômica mundial. Apesar de termos motivos para comemorar, ainda restam desafios para alcançarmos crescimento econômico mais estável e equitativo.

O Brasil se comprometeu com um programa extensivo e eficiente de vacinação, em paralelo a uma agenda de auxílio emergencial e preservação do emprego para a proteção dos mais vulneráveis. Estamos igualmente comprometidos com uma agenda de reformas estruturantes, essenciais para uma retomada econômica sustentada. Já conseguimos atrair um volume superior a US$ 110 bilhões em investimentos nos setores de infraestrutura e temos a expectativa de alcançar valores ainda superiores até 2022.

O histórico acordo concluído pelo G20 e por outros países sobre tributação internacional, no âmbito da OCDE, é também uma contribuição significativa para a sustentabilidade fiscal e econômica.

Os trabalhos do G20 na trilha de finanças renderam resultados importantes para a recuperação da crise econômica, como ilustram a nova alocação de Direitos Especiais de Saque pelo FMI e as medidas para enfrentar desafios relacionados ao meio ambiente e à saúde.

Gradualmente, nossas economias recuperam-se à medida em que a crise sanitária é superada. Esses dois processos de recuperação caminham lado a lado. Ambos têm mostrado a relevância de promovermos um comércio internacional livre de medidas distorcidas e discriminatórias. Eis por que a integração de nossas economias, por meio de fluxos cada vez maiores de comércio e investimentos, constitui parte das soluções que buscamos com vistas à recuperação e ao desenvolvimento sustentável.

No Brasil, mais da metade da população nacional já está plenamente imunizada de forma voluntária. Mais de 94% da população adulta já recebeu pelo menos uma dose da vacina. Ao todo, aplicamos mais de 260 milhões de doses, das quais mais de 140 milhões foram produzidas em território nacional.

Para o Brasil, os esforços do G20 deveriam concentrar-se no combate à atual pandemia, que continua a assolar muitos países.

Entendemos, portanto, caber ao G20 esforços adicionais pela produção de vacinas, medicamentos e tratamentos nos países em desenvolvimento.

Muito obrigado.”

FONTE Priscila Mendes/R7



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