Recebi um texto de um amigo, colega de mídias!
Achei algo tão sensacional, tão legal que resolvi compartilhar com os demais amigos! Vai que algum deles tira 3 minutos para ler uma das 50 frases/parágrafos do texto e quiça execute algo em 2017, tenho certeza que vai melhorar a vida dele, e de todos na sua volta e em um contexto geral ajudará a todos!
O texto foi escrito para publicitários, mas perfeitamente serve para qualquer profissão ou situação que vivemos e estamos inseridos.
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E SE 2017 FOSSE O ANO DE ENCARAR?
E se a gente desplanejasse uma agência? Hackeasse o modelo.
E se a gente parasse de usar a crise econômica como cortina de fumaça pra verdadeira crise de relevância do modelo?
E se nosso produto parasse de interromper as pessoas?
E se a gente tivesse consciência que intermediar não é mais o jogo?
E se os executivos que rodam o mundo nos mais famosos cursos de gestão conseguissem implantar algo e não simplesmente postar que estiveram lá?
E se o conteúdo começasse a ter conteúdo? Gerar interesse de verdade. Ter um papel.
E se a gente abrisse os olhos e parasse de se retroalimentar da nossa bolha?
E se fôssemos mais produtivos, trabalhando mais em menos horas assumindo que a criatividade se alimenta da vida? Trabalhar sério. Ambiente descontraído não quer dizer trabalho pouco técnico. Mas trabalhar e viver. E não viver para trabalhar.
E se a gente redefinisse o conceito de criatividade, entendendo que as pessoas mais criativas do mundo cada vez estão mais distantes das nossas empresas?
E se ninguém quiser mais trabalhar nisso?
E se aprendêssemos práticas de gestão em outras indústrias?
E se tivéssemos planos para a carreira das pessoas como a indústria ou empresas de tecnologia tem?
E se deixássemos de usar potencial máximo apenas em concorrências priorizando clientes da casa? E se eles entendessem que os beneficiados do pitch de hoje são exatamente os que vão receber menos atenção no pitch de amanhã?
E se as ideias estivessem acima dos processos?
E se a gente dividisse tudo? Lucro, dor, decisão. Menos paternalismo e mais pertencimento. Na cobrança e na celebração.
E se a gente aceitasse que o melhor jeito de crescer é fragmentado, sendo curador e investidor de negócios que colaborem com o nosso ecossistema? Que spin offs são o caminho?
E se a liderança fosse descentralizada? E o ambiente fosse mais cocriativo?
E se abolíssemos departamentos conhecidos?
E se caísse a ficha que realidades imersivas, 3D, automação, inteligência artificial, genética, bitcoin e outras coisas não são coisas do Black Mirror?
E se de uma vez por todas a gente não ficasse tão bobo com prêmios que na verdade são produtos?
E se a gente não tivesse medo dos rebeldes? Ou dos diferentes? Viva a diversidade.
E se a gente não tivesse esperança que protecionismo é o que vai nos garantir?
E se a gente fosse mais estudioso e entendesse o ecossistema maravilhoso que está se criando ao redor das marcas e as agências nem sempre estão na conversa?
E se ficasse claro o posicionamento de cada agência e o motivo pelo qual o telefone dela toca?
E se a gente mudasse o jeito de ganhar grana? Encolhendo talvez, mas ficando mais relevante?
E se ideias bacaninhas não fosse o que nos movesse? Se o need humano estivesse realmente no centro? (ver Human Centered Design: IDEO)
E se a gente unisse lado direito e esquerdo do cérebro. Dados sim, intuição também?
Se assumíssemos que imagem não é tudo? Aliás, até é. Mas imagem não se constrói mais por mensagens faladas ou jogo de retórica e sim por ações.
E se não existisse salário, no que você trabalharia, por exemplo?
E se a gente soubesse que cada vez mais vamos trabalhar por projetos e que não há garantias?
E se, por mais que doa, a gente assumisse que o velho planejamento deixou tudo chato demais e que hoje em dia o negócio é ser mais Unplanned que nunca?
E se contássemos pras marcas que elas não são psicólogas das pessoas? Que elas tem um papel na sociedade, de transformação real e não de autoajuda inútil.
E se não existisse mais o nós e eles, e o cliente participasse de tudo?
E se a gente pudesse mensurar coisas e não apenas a mídia?
E se nos convidassem a pensar o longo prazo das marcas?
E se a gente humildemente assumisse que realmente não entende muito do negócio do cliente, no máximo ajuda nas vendas e hoje fazer negócio pode estar em achar atalhos e redesenhos para toda a cadeia? Um brinde para a tecnologia.
E se ficasse claro que o bottom é o novo top e a inovação(revolução) pode começar em qualquer lugar, vindo de qualquer parte?
E se a gente ouvisse mais e falasse menos?
E se não tivéssemos compromissos com formatos definidos?
E se a gente saísse do Facebook e respirasse em outras fontes?
Se a gente estudasse pra caramba? Mas muito mesmo. Não tivesse preconceito em ser mais técnico, nerd, ou qualquer coisas dessas. Malandragem, dá um tempo.
E se a gente não se enganasse com os próprios videocases?
E se os líderes das empresas, por mais que estejam na sua zona de conforto, incorporassem um espirito desafiante e comprassem a briga da maioria, sujando as mãos pra mudar o quase imutável?
E se usássemos 10% dos nossos recursos, assim como empresas de ponta, para tentar inovar e achar práticas que possam desafiar nosso sistema?
Um dia alguém construiu esse modelo que venceu até hoje. E se, por eles, pudéssemos reinventar tudo, garantir o futuro e deixar um legado?
E se a mudança fosse de verdade e não mais uma notícia para a revista publicitária ou blog da vez?
E se 2017 fosse o ano de encarar?
E se não fosse tarde demais?
Coragem, publicitários. Feliz Ano Novo
Por André Foresti
Colaboração Ricardo Celso