E por falar em folia
A alegria de estarmos às portas da maior festa popular do mundo – o carnaval, é motivo de alegria para muitos — sejam esses foliões ou não.
Digo pelos seis dias em que se “pára” todo um país.
Os acidentes nas estradas por causa da imperícia associada ao alcoolismo mais que se quadruplica; as ocorrências policiais também aumentam.
Nas grandes cidades, as facções criminosas aproveitam o período para retomarem seus “domínios”, que são as favelas que existem à margem da sociedade – ali, debaixo do tapete das autoridades.
E a cerveja e os refrigerantes disparam nos preços e desaparecem nas prateleiras.
Não ouvimos mais as marchinhas de carnaval, justamente porque os “politicamente corretos” acusaram de serem preconceituosas, mas o que mais se toca no Carnaval agora é Funk ‘Proibidão’, com livre execução pelos bailes populares de Norte a Sul.
É a festa da política em Brasília. Apesar dos recessos, os acordos são costurados, habeas-corpus concedidos, fugas de pessoas e capital.
Inventaram de ir para as praias. Daí, em todo o litoral de nosso país continente, as cidades são inundadas por milhares de veranistas.
Essas cidades não têm infraestrutura de nada, salvo raríssimas excessões.
Municípios sem postos de saúde, policiamento, hotéis, restaurantes, mas que fazem disso uma oportunidade de ganhos rápidos. E destroçam as praias, os ecossistemas de manguezais, as restingas e tudo por onde passam.
O importante é a renda.
Mas não é a festa do samba? E cadê o samba?
Enfim, o carnaval está aí.
Divirtam-se.
Boa quarta.