E haja fôlego
Corremos para tudo hoje em dia. Corremos para ler os e-mails, as mensagens de texto, para ouvir os áudios, enfim, corremos para casa para usar aquele wi-fi sem o menor problema – uma conexão perfeita.
Pena que não corremos para abraçar os irmãos nem beijar as meninas na rua – parafraseando a canção. E eu me pergunto pela minha paixão e sigo encantado com uma nova invenção (será um app?), e já não importa mais se é na cidade ou se é no sertão: não vemos mais as pessoas pela rua; não há mais cabelos ao vento e nem gente jovem reunida, e na parede da memória, essa lembrança é uma selfie que incomoda no instagram…
E o que somos? Agora nós somos os mesmos e vivemos uma vida muito diferente da dos nossos pais, apesar de que, nossos ídolos ainda são os mesmos…
E onde estamos? Em casa, guardados por câmeras, contando bitcoins e recebendo boletos pela web.
E os jovens de corpo nos dizem que somos antiquados, que amamos o passado e que não vemos que o novo sempre vem.
Contentemo-nos. Foi o futuro que fizemos lá atrás, no passado não muito distante.