E as mudanças vêm como os ventos de março
Hoje senti a brisa como há tempos eu não sentia.
O vento quente deu lugar a um orvalhado brumário que se desarrolou sobre a rua, trazendo às pessoas um refrescante alívio. A vida tem isso.
Há situações em que a vida aquece confortavelmente.
Daí segue subindo a temperatura até que se torne impossível suportar a pressão.
Sabemos que é mais quente em alguns lugares do que em outros, mas insistimos em estar ali por algum motivo.
Cabe a nós a responsabilidade de buscar uma forma de sobreviver às intempéries que a vida proporciona. Mas a vida não é um terceiro elemento, como se nós e os objetivos tivéssemos como rival a vida.
Estamos nela e fazemos parte dela, portanto ela – a vida, não é uma causa, mas um efeito.
E nessa relação, a vida é boa ou ruim de acordo com as nossas escolhas e com as escolhas que aceitamos que façam por nós.
Atribuir ao sobrenatural a responsabilidade sobre as consequências dos nossos atos é a mesma coisa que reclamar do tempo.
A partir dessa consciência, mudamos e as mudanças vêm como os ventos de março.
Quando aprendemos a lidar com as adversidades, ora as evitando, ora as enfrentando, saberemos mais sobre a nossa capacidade de interagir.
Não existimos sozinhos no mundo.
Não sobrevivemos tendo apenas a nós mesmos como foco, mas devemos focar na felicidade, pois como diz a canção:
É impossível ser feliz sozinho.
Boa segunda feira
Marcelo Etiene